ISOLAMENTO X DISTANCIAMENTO SOCIAL
Nesse isolamento pandêmico, tenho me empanturrado de informações, as mais conflitivas, alarmantes e de reflexões profundas. Até mesmo escutar que a Covid-19 não passa de uma “gripezinha” sem maiores consequências, sem maiores males. E também que a Covid-19 foi criação chinesa para diminuir a população de velhos (que lá abunda) e ganhar muito dinheiro depois (o que já está acontecendo), como o maior produtor e vendedor de equipamentos de proteção individual (EPIs) do Mundo. Só vende com pagamento antecipado. Tá com a moléstia, mesmo!
O nosso órgão maior de informações, o Ministério da Saúde (MS) é enfático em recomendar o isolamento social rigoroso. Tudo bem!
Por outro lado, escuto de profissionais da mais alta competência e respeitabilidade que o isolamento social é uma “burrice”, palavras do Professor Doutor Anthony Wong, Diretor do Instituto da Criança, do Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), Toxicologista, Assessor da Organização Mundial de Saúde (OMS), chinês de nascimento, quando entrevistado pelo Dr. Victor Sorrentino no seu Instagram.
Informa o estudioso médico que quanto mais pessoas adquirirem o vírus maior será a nossa chance de diminuir a curva pandêmica. Essa revelação, enfatiza ele, está escrita em trabalho científico publicado recentemente na revista britânica The Lancet, da mais alta reputação científica mundial.
Quando se obedece ao isolamento social rigoroso, como aconselha o MS, a curva pandêmica tende a cair, mas com um certo tempo volta subir novamente, devido ao retorno ao convívio social. Isso não é bom; é preocupante.
O distanciamento social, segundo o professor, é a medida correta, desde que guardada as suas devidas regras: guardar distância de 2 metros com outras pessoas, usar máscaras, lavar as mãos, passar álcool gel nas mãos antes e depois de pegar em algum objeto, ter o devido cuidado com o contato com superfícies (corrimão, chaves, botão do elevador etc.), usar luvas, fazer exercícios físicos e ter uma alimentação saudável.
O isolamento social rigoroso, principalmente nos idosos, tende a levar quadros depressivos e de pânico com frequência, o que é muito grave.
No mesmo raciocínio, a economia (ninguém trabalhando) não avança, não circula dinheiro. Assim, o que fazer sem dinheiro? As empresas fecham, os empresários entram em falência, a depressão toma conta de todos, as famílias se destroçam. O país entra em colapso, inércia total.
O professor cita os países que não obedeceram ao isolamento social rigoroso que já estão fora ou saindo da pandemia: Japão, Coréia, a própria China, Suíça, Alemanha, entre eles.
Portanto, conclui e repete o Doutor Anthony que a quarentena rigorosa é burra, vai levar à depressão econômica que poderá ser irreversível; sem falar na depressão senil nos idosos confinados.
E nós, pobres mortais, vamos ficar de que lado da moeda?
Berilo de Castro – Médico e Escritor, [email protected]