JERUSALÉM – 

Na época da morte de Jesus, Jerusalém era uma cidade importante. A sua condição de centro da vida religiosa para os Judeus datava de mil anos, do reinado de Davi, que tinha capturado a fortaleza de Sião e a reconstruirá como a Cidade de Davi. É surpreendente pensar que esta cidade lendária era pelas normas de hoje uma cidade pequena. Depois de Davi, e a partir da época de seu filho, o rei Salomão, a cidade assistira ao nascimento e queda de vários Impérios, sofrendo repetidas capturas das mãos de egípcios, assírios, babilônios gregos e romanos. Durante o Cativeiro da Babilônia em que milhares de judeus foram mandados para o exílio, Jerusalém estivera muito deserta, sendo novamente povoada quando Ciro, o grande da Pérsia, autorizou os judeus que viviam na Babilônia regressarem novamente. Durante o reinado de Alexandre Magno, Jerusalém ficou sob o domínio grego, e assim permaneceu até que uma revolta em 167 a.C levou à formação de um reino judaico independente, tendo Jerusalém como capital. A classe dominante desse estado encontrava-se completamente imbuída da cultura grega, que manteve a sua forte influência até depois da conquista romana, em 63 a.C. Nos primeiros tempos do movimento cristão, Jerusalém era uma cidade cheia de atividade: as suas ruas, estreitas e íngremes, encontravam-se cheias bazares e, durante as épocas festivas repletas de peregrinos estrangeiros. No centro de tudo estava o templo, estrutura magnífica, o segundo feito no mesmo lugar. O primeiro fora construído por Salomão e conservado durante quase quatrocentos anos, até que os babilônios o destruíram. O segundo templo erguido no reinado do rei persa Ciro, o Grande, durou em torno de 500 anos. Quando o rei Herodes, rei da Judéia, vassalo de Roma, tomou o poder, derrubou o templo e iniciou outro por volta de 20 a.C. Este tornou-se a peça central do seu ambicioso programa de construção, que incluía as muralhas fortificadas da cidade com um sistema de três torres monumentais, o seu palácio gigantesco e uma enorme fortaleza chamada Antônia que alojava a guarnição romana. Os judeus mais ricos de Jerusalém eram a aristocracia dos sacerdotes, os grandes proprietários de terras e os funcionários do sistema fiscal romano. Não é de se estranhar que os membros desses grupos tendessem a se identificar mais completamente que os seus concidadãos menos abastados com os valores e estilos de vida das classes superiores gregas e romanas. Não é a toa que é uma cidade escolhida por Deus e a mais disputada da história. Nos últimos 4 mil anos, houve pelo menos 118 conflitos pela cidade, ela foi 2 vezes destruída, 23 vezes sitiadas e 52 vezes atacada. Finalizo essa homenagem a esta cidade dourada com os Salmos 122: 6-8 que diz “Orai pela paz de Jerusalém! Prosperaram aqueles que te ama”. Shalom.

 

 

 

 

 

Gleydson Batalha – jornalista e apresentador do programa O Melhor da Noite

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