JESUS DISSOLVIDO, PRESENTE, NATURALIZADO –
Logo no início da prazerosa caminhada dominical, ao mentalizar àqueles que reverencio por reconhecer neles autoridade para agradecer e pedir coisas mundanas, que me ocorrem ou que gostaria que ocorressem, pela data com Jesus comemorada, em memória a sua ressurreição, direcionei a mentalização aqui relatada, a ele, grande mestre do nosso planeta, reverenciado por várias religiões e respeitado por outras, numa espécie de altar as suas falas, sugestões e posturas, até hoje comentadas, seguidas e disseminadas Terra afora.
Uma vez internalizado com a boa energia de Jesus fui percebendo sua presença nas nuvens, que estavam diferentes, na água do mar em orgástico banho, nas frutas dispostas para venda, na espontaneidade das crianças, deslumbramento dos argentinos com a exuberância da praia de Ponta Negra, nos vendedores e suas técnicas de exposição dos produtos, no balançar dos galhos, farfalhar das folhas, gostosidade do sentir da brisa, alegria do conjunto dos seres em aprazível domingo de sol, e a nirvânica imersão no quadro visual de tudo percebido, emoldurado por sons e mantras devidamente selecionados, indo de “Sacred chants of Índia”, até “Angie”, do Rolling Stones.
Que maravilha estar imerso em Jesus, dissolvido Nele, pensando Nele, sentindo Ele, vendo Ele em tudo e em todos, preenchido de luz, abençoado de amor, perpassado de misericórdia e imantado de divindade genuína.
Se tem uma coisa que busco incorporar a meu viver, agregar a existência e busco internalizar e colar ao atma que me anima, é estar em companhia de almas boas, puras, que santificam os passos e pavimentam a estrada com as pérolas de suas exemplificações.
Por isso podem me criticar por aqui enaltecer tantos mestres e ter tantos gurus, não ligo, a cada data, dia, momento, oportunidade, vou lembrando de um, ou de outro, trazendo para perto, abraçando, buscando compreender, entender, imitar, seguir, me dissolver.
Não me interessa exclusividade, me interessa estar sempre e cada vez mais cheio de amor, mesmo que na vida cotidiana, as vezes, precisemos de certa dureza com algumas coisas e certos alguéns, isso mesmo também aprendido dos mestres, que nos mostram necessidade de não fugir a luta e seguir o dharma, para que os ravanas, belzebus, capetas ou cabras de peia não tomem conta do lindo planeta azul.
Quero estar, portanto, dentro de Jesus, ao largo, acima, abaixo, dissolvido, embebido, extasiado, ressuscitado em sua essência, absorto em sua postura, amoroso em seu viver.
Flavio Rezende – Jornalista
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