JOGO DA VIDA –
Já adiantado na vida, descambando na ladeira existencial, sem ser bom jogador de futebol, nos times da saudosa infância nunca era um dos primeiros a ser escolhido, mesmo assim queriam me colocar para ser goleiro ou no máximo um zagueiro mais viril, onde aí eu sabia bater sem pena ou dó, característica de todo jogador ruim.
Pois bem: hoje bato bola no jogo da minha vida, driblando essa pandemia disfarçado de álcool em gel e me escondendo entre Natal e Búzios, sem dá muita pista ou espaço para esse maldito Covid-19.
Em Natal o jogo disputado é mais perigoso, os riscos são maiores, posto que as armadilhas estão em todo canto , até na praça em que costumava caminhar sem maiores preocupações.
Atualmente a praça é um lugar perigoso com um risco alto de contágio; entre esses perigos alguns frequentadores noiados que desfrutam da marijuana – nada contra o caboco dá um tapinha-sem nenhuma preocupação ou cuidados de higiene pessoal.
Em Búzios o jogo é mais bonito, a bola corre mais solta, sem impedimentos ou maiores infrações com um juiz chamado natureza que deixa o jogo fluir no tempo, leve, bonito e faceiro.
Mal comparando, o futebol da vida jogado em Natal está mais para um antigo zagueiro do ABC nominado de Pedro Pradera e o futebol jogado em Búzios podemos nominar de mané, Mané Garrincha.
Búzios tem a praia para caminhar, quase deserta, um mar maravilhoso para mergulhar e dunas de areia para escalar debaixo de um sol benfazejo, abençoado pelos deuses da felicidade.
Enquanto a pandemia vai passando ao largo da vida, fico batendo minha bola neste jogo existencial, esperando ser vacinado e rogando a Deus que ajude a humanidade a se ver livre dessa pandemia maldita.
” A POESIA SERVE SIM”
” Amanhã
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno, será pleno”
José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado