Um jovem de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, foi aprovado em três universidades do Reino Unido. Entre elas a Universidade de Oxford que Pedro de Oliveira Lengruber Lack, de 18 anos, escolheu para cursar matemática e filosofia.
“Eu, evidentemente, fiquei muito feliz em saber do resultado! Eu, desde o início do processo de aplicação, desejava ir para Oxford, acima de qualquer outra universidade!”, conta Pedro.
Ele também foi aceito na King’s College London, no Imperial College e passou em primeiro lugar na USP.
O estudante explica que durante todo o processo de aplicação para a Universidade de Oxford, ele já havia escolhido o curso que faria pois a aplicação é voltada para o curso que o estudante pretende fazer.
Apesar de ser de Nova Friburgo, Pedro terminou o ensino médio em uma escola em São Paulo após ter recebido uma bolsa.
Pedro conta que o jantar de celebração dessa conquista foi muito marcante pra ele. O estudante diz que é uma questão de contexto muito mais do que efetivamente ocorreu. Para quem olhasse de fora, não era nada de especial, a não ser ele e o diretor do colégio que estudava, rindo de piadas.
“Na realidade, depois de ficar mais de um mês, todos os dias, escrevendo ensaios para as universidades, incessantemente, depois de muito esforço que transcende o momento da aplicação e data desde o momento em que comecei a realizar olimpíadas de matemática, depois de passar dias de extrema alegria e dias de tristeza de doença, em um período curto e intenso, receber o primeiro resultado positivo, saber que não foi em vão o esforço foi muito prazeroso!”, explica.
Por falar em Olimpíadas de Matemática, Pedro foi medalhista da competição por quatro vezes.
Questionado sobre quanto tempo por dia se dedicava ao estudo e quando começou a estudar pra tentar entrar na universidade, Pedro disse ao portal g1 que é difícil responder essa pergunta de maneira objetiva.
“Enquanto o meu estudo para o processo específico de seleção da universidade foi muito pequeno, o tempo de estudo que eu dedicava para olimpíada era enorme! Em grande parte dos dias, além de ficar de 2h até 3h em aulas olímpicas (adicionais às 5h de aulas normais), eu estudava de 1 até 2h para essas aulas. Sem contar algumas horas que não eram de estudo formal, mas de assistir aulas no YouTube, de ler algum artigo”, diz.
Em relação a quando começou a estudar para entrar na universidade, ele diz não ter uma boa resposta objetiva. “Se fôssemos falar da prova de inglês, o certo seria contar desde que eu tinha 10 anos, em relação à prova de matemática, desde que eu entrei para as olimpíadas, no 8º ano. Acho que a preparação mais intensa que eu tive para fazer as provas de AP e TOEFl e a prova do MAT começaram levemente no 2º ano do ensino médio, e foram intensificadas no 3ºano”, afirma.
Para Pedro falar que todo o esforço e dedicação “valeu a pena” é uma expressão muito forte.
Em relação a quando começou a estudar para entrar na universidade, ele diz não ter uma boa resposta objetiva. “Se fôssemos falar da prova de inglês, o certo seria contar desde que eu tinha 10 anos, em relação à prova de matemática, desde que eu entrei para as olimpíadas, no 8º ano. Acho que a preparação mais intensa que eu tive para fazer as provas de AP e TOEFl e a prova do MAT começaram levemente no 2º ano do ensino médio, e foram intensificadas no 3ºano”, afirma.
Para Pedro falar que todo o esforço e dedicação “valeu a pena” é uma expressão muito forte.
“Não sei o quanto, de fato, ser um estudante de alto nível vale a pena! Foi, todavia, certamente uma mostra que o esforço estava dando algum fruto, que ele não foi inútil! Que todo o tempo e dinheiro investidos não foram jogados fora!”, afirma.
Para ser aprovado em universidades no exterior, Pedro diz que consiste em mais do que realizar uma prova. Ele explica que o primeiro passo é enviar as notas do AP (provas de nível universitário de diversas matérias) e TOEFL, além do histórico escolar e cartas de recomendação do orientador.
Em seguida, ele conta que escreveu um ensaio que versa, principalmente, sobre as matérias que ele vai cursar e sobre o que estudou acerca delas. Depois, ele realizou uma prova de matemática avançada, específica para Oxford.
“Os melhores classificados nessas primeiras etapas são convidados para entrevistas, assim como eu fui! Após ter realizado dois pares de entrevistas, cada um contendo uma entrevista de Matemática e uma de Filosofia, os melhores classificados no processo entram! Depois de tudo isso, eu recebi o meu resultado no meio de Janeiro”, conta.
Para quem deseja estudar fora, Pedro aconselha que a pessoa saiba muito bem porque quer ir estudar fora do Brasil e em qual universidade.
“Estudar no exterior só é vantajoso para certas pessoas por certas razões. Caso se tenha uma clara convicção de que se deseja estudar fora do Brasil, goste de estudar e se dedique, antes de tudo, e entre em eventos e competições que mostrem esse gosto! O resto é muita pesquisa e esforço!”, afirma.
Tempo de descanso
Pedro diz que durante o processo de estudo, não precisou se privar de eventos sociais, pois não gosta muito de participar de festas ou sair com um grande número de pessoas, pois prefere ficar em casa.
“O que eu sempre fiz e continuarei fazendo é marcar jantares com (entre 1 e 3) colegas, o que me dá muito prazer, e familiares (com um tempo determinado para acabar). Nesse sentido, acho que todas as provações que tive de fazer foram muito naturais e não me foram muito exigentes, dados meus gostos naturais”, diz.
Muito pelo contrário, Pedro crer que aquele que se sacrifica estudando e se preparando para entrar na faculdade no exterior não aproveitará seu tempo lá e será muito infeliz.
“De qualquer forma, uma rotina para ser capaz de realizar meus interesses (que possuem muita interseção com o estudo), ao mesmo tempo que estava me preparando foi essencial para otimizar o tempo escasso e não me perder com todas as coisas que tinha para fazer!”, afirma.
Ida para Oxford
A ida para a Universidade de Oxford já tem data, ele vai embarcar no dia primeiro de outubro para chegar no dia 2, o dia que ele tem que estar lá. Pedro explica que antes da primeira semana de aula, existe uma semana de introdução.
O estudante conta que vai ter que pagar a universidade, pois a disponibilidade de bolsas é muito pequena, no Reino Unido, principalmente para alunos de graduação estrangeiros. A família dele vai pagar uma parte do custo e trabalhando, ela vai poder ajudar, mas mesmo assim o custo é muito grande.
Para conseguir arrecadar dinheiro, ele está fazendo uma vaquinha.
Fonte: G1