JUÇARA E NELSON foto (4)

CONVERSANDO COM O BLOG

Ela é musicista, foi cantora da noite e proprietária de casa noturna em São Paulo. Com uma incrível vocação para musica e jazz, veio para Natal em 2004 por causa da nossa qualidade de vida e pelas oportunidades que vislumbrou na área de eventos turísticos. Em 2008 pensou em formatar um Festival de Jazz, conseguindo transformar o sonho em realidade dois anos depois. É ela a entrevistada que vai falar sobre como será o Fest Bossa & Jazz 2013

Desde quando acontece o Fest Bossa & Jazz?

O Fest Bossa & Jazz está na 4ª. Edição. O Festival é anual e teve inicio em 2010. No primeiro ano ele aconteceu em Natal. No segundo ano teve uma parte em Pipa, exatamente o ultimo dia, com um resultado excelente e até inesperado.    A partir daí surgiu a ideia de realiza-lo totalmente naquela praia, um belíssimo destino turístico do estado. E desde o ano passado ele passou a acontecer lá, na sua totalidade.

Como é a estrutura física do evento?

Este ano estamos com uma estrutura novíssima. O local será no Pipa Park Estacionamento, que fica em frente a Cachaçaria, vizinho a Toca da Coruja. É uma área de 17.ooo m2 e que comporta até dez mil pessoas. Haverá o palco de 16 x 13, com back stage, camarins e salas de apoio climatizadas, além de 200 cadeiras na frente do palco e ainda dois camarotes, sendo um da Datavideo, uma das parceiras do empreendimento. E teremos também um Pavilhão exclusivo para bares e restaurantes e outro para o artesanato local, além da lojinha do próprio Festival.

De que consta especificamente o Festival este ano de 2013?

O Festival segue os moldes de outros festivais que acontecem no Brasil. Teremos a apresentação de vários músicos do Rio Grande do Norte e de estados vizinhos, como Pernambuco, Paraiba e Ceará. As atrações principais serão o grande cantor e compositor brasileiro Ivan Lins e o excepcional guitarrista americano Stanley Jordan, um dos precursores do jazz fusion. Além da parte musical faremos realizar durante o evento o Festival de Cinema, no modelo do Cine Sesc.

 Há outros detalhes que podem ser considerados como inovação este ano?

Sim. No caso da lojinha, que falei a pouco, por exemplo. O artista plástico Montenegro estará fazendo peças especificas para o Festival, tipo camisetas chapéus, canecas, telas, etc. E que serão vendidas no evento. Além disso, inovamos com a apresentação de um Projeto de Coleta de Lixo Seletiva, que será mostrado às crianças de colégios locais, ensinando a elas noções de sustentabilidade e consciência ecológica.

Por que você pensou em realizar em Natal o Festival?

Eu morava em Franca, no estado de São Paulo. Depois fiquei algum tempo em Tocantins, onde meu pai morou alguns anos antes de falecer. Nesse meio tempo tive a oportunidade de conhecer Natal e percebi que havia um campo aberto para se fazer muitas coisas aqui, devido  a vocação turística natural do estado. Na época o nosso turismo estava realmente bombando e era referencia nacional.

E quando você veio morar de vez na cidade?

Em 2004 eu resolvi me mudar de armas e bagagens para Natal. Por causa da nossa qualidade de vida e também pelas razões estratégicas, na medida em que vislumbrei fazer algo inovador na área de eventos. Mas lutei muito e fiz muitas outras coisas nessa área, antes de formatar o modelo desse Festival, que hoje já é uma realidade e que me dá muito prazer em realizar.. E fico ligada o ano todo, com a minha equipe, para que ele seja bem feito. 2012 foi o ano do start up do evento como um todo. Inclusive na consolidação dos muitos parceiros, sem os quais o projeto não seria possível. Por causa dele hoje eu moro em Pipa

Quais são esses parceiros que você tem para realização do evento?

A Cosern e a OI são duas das grandes parceiras. A parceria da Oi foi resultado de Edital que fizemos em 2012. A Cosern também apostou na ideia e isso me encorajou bastante. Além dessas empresas, tenho a Datavideo, que vai dar o colorido especial ao Festival, com toda a parte das projeções, do mapeamento em led dos cenários. E ainda tenho como parceiros todos os hoteleiros de Pipa e Tibau do Sul, que lotam seus 6.000 leitos nesse período, além da Prefeitura daquele município, da nossa Emprotur e ainda a Inter Tv.

Além desses, há outros tipos de apoiadores?

Eu faço parte de um grupo de empresários brasileiros que promove festivais em vários lugares do Brasil. Esses empresários formaram a ABRAFEST, a Associação Brasileira de Produtores de Festivais de Jazz e Musica Instrumental. Somos um grupo unido que troca experiências e que se ajuda mutuamente, buscando reduzir os custos dos eventos. Eu sou a mais nova participante desse grupo.

Quantos Festivais existem hoje no Brasil?

Com o nosso, são sete festivais ao todo. Talvez o mais importante seja o realizado em Rio das Ostras, pelo papa da modalidade, o Stenio Matos, que é muito amigo meu. Como também é meu amigo o Edgar Radesca, do Bourbon Street, uma das grandes casas de jazz de São Paulo. A sede da nossa Associação é em Fortaleza, por causa do Festival de Guaramiranga, uma das grandes referencias brasileiras.

O que você espera desse Festival de 2013?

Espero que seja coroado de muito êxito. O custo elevado, em torno dos R$ 700.000,00, deverá ser coberto pelos vários parceiros, que entraram de cabeça conosco, acreditando no sucesso do empreendimento. O formato aberto e gratuito é um grande diferencial. As oficinas que acontecerão no local darão um colorido especial ao evento. O feedback que estamos tendo da população, graças a Deus, já nos  dá uma mostra de que este ano teremos o maior e melhor Festival de todos os que já realizamos.

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