JULGAS PELAS APARÊNCIAS –
Estamos sempre de olho na vida do próximo, com o dedo em riste, prontos para apontar, julgar e condenar. No entanto, somos incapazes de enxergar que, enquanto humanos, somos passíveis dos mesmos erros que o outro comete.
Assim, sentados num trono de incompreensão, com uma trave em nossos olhos observamos as falhas do outro, censurando o colega de curso da vida por incorrer nas exatas falhas que já cometemos. Mas é mais fácil desculpar a si mesmo do que ser indulgente com o outro. Mesmo quando esta mesma indulgência pode ser aplicada a mim.
Jesus nos ensinou, como máxima da caridade, a ser: Benevolente com todos; Indulgente com as imperfeições do outro; e perdoar as ofensas.
Contudo, ser humano é, sobretudo, colocar dificuldades na bondade e logo dizemos: ser indulgente ou benevolente, relevar a censura dos olhos não seria o mesmo que ser omisso? De modo que é mais útil ser crítico! Não, respeitar a falha do irmão é diferente de ser conivente com os seus deslizes como ser humano, e ajudá-lo com benevolência e amor é diferente de soterrar o outro com críticas e censuras.
De tudo entende-se que a escolha é pessoal e simples. Cabe a cada ser a escolha do melhor. A pessoa indulgente escolhe não ver o erro do outro, mas, se vê, não divulga, e entende e perdoa.
Devemos sempre conhecer a nós mesmos, para, assim, sermos capazes de progredir, errando menos e entendendo mais. O amor, a compreensão e o perdão são ferramentas chave para a evolução do mundo como um planeta de luz.
Ana Luíza Rabelo Spencer, advogada ([email protected])