O Som da Mata trará neste domingo, ao Parque das Dunas, o grupo Kizambe e toda a sua experimentação de elementos percussivos e estética sonora natural e orgânica. Formado por Samir Tarik, Dudu Campos, Dinei Teixeira, John Fidja e Felipe Castro, o super grupo ainda terá participação especial do flautista Carlos Zens. O improviso é o fio condutor da apresentação. O som começa às 16h30.
Uma das metas do grupo é apresentar a versatilidade da percussão, elevando esses experimentos a um patamar mais elaborado. Entre as influências do quinteto figuram nomes como Uakti, Naná Vasconcelos, Hermeto Pascoal, Tom Zé, entre outros artistas que prezam pela liberdade sonora. No repertório a experimentação é livre, mas há espaço para releituras de canções de domínio público e versões para outras entoadas pelo Boi de Reis do Mestre Manoel Marinheiro, além de composições de André Abujamra, Luiz Gonzaga, entre outros.
O grupo mistura conceitos estéticos, pedagógicos e de meio ambiente para fazer sua música. “Apesar do show ter um roteiro definido, surpreender o público e nós mesmos faz parte do espetáculo, pois o improviso é um elemento importante”, já declararam os kizambeiros. O processo de criação é uma experiência interativa, dinâmica e inacabada, que supõe intenso diálogo com a plateia e com outras linguagens artísticas.
O Kizambe de Percussão nasceu em 2007, com a união dos percussionistas e compositores Dudu Campos e Samir Tarik. Inicialmente, como um projeto pedagógico de musicalização para jovens de Taipu e Ceará Mirim. A linguagem percussiva experimentada pelo quinteto é pautada na elaboração de ritmos extraídos de instrumentos não convencionais, construídos com objetos recolhidos da natureza, ou culturais, combinados com o uso de recursos eletrônicos e orgânicos. O Kizambe já levou sua proposta para outros Estados, do Rio Grande do Sul à Paraíba, e países, de Cabo Verde à Noruega.