A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca nesta terça-feira (24) nos gabinetes e também nos apartamentos funcionais do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional da legenda.
O mandado foi autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi deflagrada em conjunto com a Procuradoria Geral da República.
A PF também cumpriu mandado de prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira (Pros-RR). Ele foi preso em Brasília. O G1 falou com um advogado de Junqueira, em Roraima, mas ele disse não atuar no caso que resultou na prisão. A reportagem continua tentando contato com a defesa do ex-deputado.
As investigações apuram uma suposta tentativa de obstrução de Justiça. De acordo com investigadores, Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira são suspeitos de comprar o silêncio de um ex-assessor do senador que vem colaborando com a Justiça. O assessor detalhou que recebia o pagamento em espécie e quem repassava o dinheiro era o ex-deputado Márcio Junqueira.
Segundo investigadores, o ex-assessor colabora com diversas investigações no âmbito da Lava Jato e teria sido ameaçado de morte. Por conta das ameaças, ele foi incluído no programa de proteção à testemunha.
A PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão – todos em endereços ligados aos três alvos da operação desta terça-feira.
O deputado Eduardo da Fonte e o senador Ciro Nogueira já foram denunciados e são alvos de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF).
Eduardo da Fonte foi denunciado em setembro do ano passado por integrar o chamado “quadrilhão do PP”. O parlamentar também foi denunciado por ter participado de uma negociação para barrar uma eventual CPI da Petrobras no Congresso, mas o STF rejeitou a acusação.
Além disso, foi investigado por corrupção e lavagem de dinheiro em um terceiro inquérito da Lava Jato, mas o caso foi arquivado em abril.
O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira, foi denunciado em setembro do ano passado por integrar o chamado “quadrilhão do PP”, que supostamente teria corrompido dirigentes da Petrobras.
A PGR o incluiu na lista após suspeitas de que o senador recebia repasses frequentes de verbas desviadas da Petrobras. Segundo delatores, ele chegou a liderar o esquema durante um período e seria o responsável por determinar como a propina deveria ser dividida entre os integrantes do PP.
Fonte:G1
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