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O leilão de energia A-5 realizado ontem, sexta-feira, fechou um total de 201,8 MW médios de energia e contratou 278,5 MW em capacidade instalada, ou 158,1 megawatts médios em garantia física. O preço médio geral do certame ficou em R$ 198,59 por MWh. A UHE Santa Branca (PR, 62 MW), única cadastrada na disputa, foi negociada ao preço de R$ 150/MWh. Foram contratadas 21 pequenas hidrelétricas, a maior fonte em volume de empreendimentos do certame, com o preço médio em R$ 175,80/MWh. Já nos produtos por disponibilidade, a fonte biomassa negociou sete empreendimentos e 815 lotes de 0,1 MW médio contratados ao preço médio de R$ 235,95/MWh.  Ainda foi viabilizada uma térmica a gás natural com ciclo combinado de 5,54 MW de capacidade instalada com o preço venda no teto de R$ 258/MWh.

A fonte eólica não negociou projetos. Segundo o diretor-técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEolica), Sandro Yamamoto, um dos motivos que justificam o resultado das eólicas no leilão foi a redução do consumo de energia elétrica. “Somado a isso, as últimas chuvas aumentaram o nível dos reservatórios e também a produção de energia a partir de outras fontes renováveis”, explica Yamamoto. Tais fatos podem ser comprovados com a aplicação da bandeira verde na cobrança da energia, já prevista para o final de abril. Outra observação apontada pelo diretor da ABEEolica é o fato de que a fonte eólica foi a última prioridade de contratação do certame, seguindo a política de manter a diversidade regional e de fontes na matriz energética.

De acordo com o Coordenador de Gestão de Dados e Estatísticas Setoriais do CERNE, João Agra, ainda há chance para maior participação da fonte eólica no 2º Leilão de Energia de Reserva (A-5), previsto para o dia 28 de outubro. “Será mais competitivo porque terá a participação das empresas que se programaram para concorrer nesse leilão com a adição das empresas que não foram vitoriosas no leilão realizado hoje”, finaliza Agra. As principais compradoras no leilão desta sexta foram as distribuidoras Amazonas Energia, da Eletrobras, Celesc e Copel, que juntas responderam por mais de 70 por cento da demanda. As demais compradoras foram Boa Vista Energia, Ceal e Cepisa, todas da Eletrobras, além da Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSM). 

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