O leilão do 5G, a nova geração de internet móvel, começa nesta quinta-feira (4) com a expectativa de abrir caminho para a entrada de novas empresas no mercado de telefonia móvel do país, avaliam especialistas em telecomunicações consultados pelo g1 e representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Esse movimento se deu após a Oi ter vendido seu braço de telefonia móvel para uma aliança formada por Claro, TIM e Telefônica (dona da marca Vivo), o que levou à redução no número de empresas competindo neste mercado.
A venda aconteceu em dezembro do ano passado e ainda está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Na semana passada, 15 empresas e consórcios apresentaram propostas à Anatel para participar do leilão do 5G
Do total, cinco empresas já prestam serviços de telefonia móvel (Algar Telecom, Claro, Sercomtel, Vivo e TIM). As outras dez são potenciais estreantes no mercado de serviços móveis, caso arrematem algum dos lotes do leilão.
“Fala-se que a competição no Brasil está em risco pela saída de uma grande operadora [a Oi]. Ora, se sai um operador e entram outros dez querendo participar de licitação, na verdade temos é sede por competição” completou Balbino e Silva.
Ari Lopes, analista sênior da consultoria Omdia, também acredita que o leilão vai abrir caminho para novas empresas de telefonia móvel.
Frequências
Ex-presidente da Anatel, Juarez Quadros diz que as faixas de 700 MHz e a de 3,5 GHz são as de potencial de atrair a entrada de uma nova operadora de telefonia móvel do país:
- 700 MHz: está sendo usada atualmente pelas operadoras para a oferta do 4G e, pelas regras do edital, Claro, TIM e Vivo não poderão fazer ofertas, pois já têm licença para usar esse espectro. Os lotes da faixa de 700 MHz devem ser os mais disputados do leilão, com expectativa de ágio, ou seja, lance acima do preço mínimo exigido para arrematar a frequência, segundo representantes das empresas participantes do leilão.
- 3,5 Ghz: é por onde as operadoras vão poder prestar o serviço do 5G “puro”. Essa faixa terá quatro blocos nacionais e um regional, permitindo assim que provedores locais entrem no mercado de 5G para competir com as três grandes operadoras de telefonia.
Fonte: G1