LEMBRANDO MACHADINHO –

A cada dia uma notícia triste tem abatido meu coração. A grande parte ligada a amigos ou pessoas conhecidas que nos deixaram, algumas vítimas da Covid-19. O que deixa uma sensação de perda imensa. E uma grande preocupação com a pandemia que ainda nos assola.

Semana passada, por exemplo, ocorreu a partida de Machadinho. Sei que ele já lutava contra outra doença terrível, o câncer. Mas ao entrar no hospital o coronavírus o atingiu e ceifou sua vida em poucos dias. E por ter convivido com ele por algum tempo, senti bastante. Pois sempre o admirei como profissional ágil, correto e competente.

Joao Batista Machado, o nosso Machadinho, foi um grande jornalista, que marcou época na imprensa potiguar. Mais que isso, foi um grande e notável escritor. Fazendo jus ao fato de ter nascido no Assu, cidade que gerou grandes poetas e escritores. Ele escreveu de forma impecável sobre um período da nossa política potiguar, registrando fatos e personalidades que viveram momentos importantes da nossa história.

Machadinho, sempre irrequieto, nos legou uma obra que merece ser lida e relida várias vezes por todos nós. Pela riqueza de detalhes e pela contemporaneidade dos escritos. Importante para os que procuram saber da história política do RN e do próprio país. E foi por causa dela que ele tornou-se membro da nossa Academia de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Eu precisava fazer esse meu singelo comentário em homenagem a ele e a sua capacidade intelectual. Assim, externo minhas condolências aos seus familiares, nas pessoas da sua esposa, também jornalista Salesia Dantas, seus filhos João Ricardo e Ana Flavia, bem como aos seus inúmeros amigos que, como eu, sempre admiraram sua capacidade intelectual e profissional.

 

 

 

 

 

Nelson Freire – Jornalista, editor do Blog Ponto de Vista, Economista e Bacharel em Direito

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