LEONARDO 500 –
Leonardo da Vinci (1452 – 1519) está em Parnamirim onde funcionava a “Cidade do Vaqueiro”. É obra do artista plástico de Ipueira Dalécio Damázio Mariz. A ideia de fazer o cavalo de Da Vinci, eu a tive em Milão quando li que a cidade havia contratado uma escultora japonesa, por 6 milhões de euros, para fazer a maior estátua equestre desenhada há cinco séculos. E o cavallo está em frente ao hipódromo local. Convidei Dalécio que me pediu todos os desenhos alusivos. A escultura, que mede um pouco mais de três metros de altura, é feita com ferro e cimento. Em beleza, não é inferior ao milanês.
Leonardo está, mesmo sem ser lembrado, em milhões de lares ao redor do mundo. São reproduções e recriações da “Última Ceia” que o gênio compôs para o convento de Santa Maria delle Grazie. Na verdade, ninguém consegue reproduzir a expressão fisionômica dos apóstolos ao saber da traição ao Mestre: amor, medo, surpresa, indignação. Nem o semblante superior e divino do Cristo.
Leonardo era mais que uma pessoa, era uma universidade. Pela vastidão e profundidade de conhecimento, pela investigação permanente, inventividade, transmissão do saber. Pela simbiose de ciência, arte, tecnologia. Tudo com a absoluta busca de exatidão porque entendia: “Não pode passar como ciência, se não passar por demonstração matemática”. E mais: “A sabedoria é filha da experiência”.
Ele, ícone da Renascença, estudou engenharia, arquitetura e urbanismo, botânica, geologia, cartografia, anatomia humana e animal, química, metalúrgica, mecânica, hidráulica, ótica, acústica. Não esqueceu filosofia, a arte da escrita, nem da poesia. A sua curiosidade intelectual era de tal nível que se dedicava a outros saberes e fazeres. Concebia que “Pouco conhecimento faz as criaturas se sentirem orgulhosas. Muito conhecimento é que as tornam humildes”.
Praticava a música, a cozinha, o fazer festivo. Teve fama a sua presença na taberna “Os Três Caracóis”. Em seguida, com seu amigo Sandro Botticelli, ele dirigiu um restaurante em Florença. Em Milão, foi nomeado pelo duque “Chefe de festejos e banquetes”.
Fui visitar Vinci, cidade onde ele nasceu, montanhosa e extremamente arborizada. Era filho ilegítimo do notário Pietro que o reconheceu. Lá, revelou o amor à natureza, estudando plantas, flores, pássaros. Tornou-se ecologista e amante da liberdade. Depois, chegou a comprar pássaros no mercado de aves, simplesmente, para abrir a gaiola e fazê-los livres.
Em Florença, cidade das flores, trabalhou num ateliê do famoso artista Verrocchio, ao lado de Perugino Ghirlandaio Botticelli. Colaborou com seu mestre desenhando, superiormente, o anjo que segurava a túnica de Jesus em “O Batismo de Cristo”.
Passou dezessete anos em Milão. Lá compôs a “Madona dos Rochedos” e a “Última Ceia”. Intensamente viveu sobre a proteção do duque de Sforza. Escreveu esta lição: “Quem não ama a vida, não a merece”.
Quis saber dos últimos anos de sua vida em Amboise. Francisco I, o rei da França, garantiu-lhe elevada pensão e o Solar Clos Lucé. No quarto em que faleceu, há um quadro do rei amparando sua cabeça nos momentos finais. A lenda prova que ele merecia o carinho real.
Diogenes da Cunha Lima – Advogado, Poeta e Presidente da Academia de Letras do RN
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