O Papa Francisco está em visita a países asiáticos e, mais uma vez, conversou com jornalistas que viajaram com o pontífice. O assunto, mais uma vez, foram os atentados ao semanário francês Charlie Hebdo, que ocorreu na semana passada. Após nova capa com sátira ao profeta Maomé, o papa opinou e disse que debochar da fé alheia extrapola os limites da liberdade de expressão.
Na opinião de Francisco, “matar em nome de Deus é uma aberração”. No entanto, mesmo concordando que não há justificativa para o massacre em Paris sob a justificativa de vingança contra as sátiras a Maomé, o papa defendeu o respeito à fé.
“Acredito que tanto a liberdade religiosa quanto a de expressão são direitos humanos fundamentais. Todos têm não apenas o direito, mas a obrigação de dizerem o que pensam pelo bem comum. Podemos fazer isto sem ofender”, disse Francisco. “A liberdade de expressão não dá direito de insultar a fé do próximo”, completou.
Ainda sobre o tema o papa arrancou risos dos jornalistas ao comentar o que faria caso fosse ofendido. “Se, meu bom amigo, o doutor (Alberto) Gasparri (assessor especial), xingar minha mãe, pode esperar que levará um soco”, disse o pontífice.
Francisco está nas Filipinas, onde cumprirá compromissos com autoridades locais.