LIDERANÇA DE PRODUÇÃO DE PETROLEO EM TERRA –
Muito tempo não faz que aqui exploramos a queda da produção de petróleo em terra no Rio Grande do Norte, que repercutiu inevitavelmente na diminuição de contratos e na renda de empresas fornecedoras e prestadoras de serviços e do emprego de mão de obra. Da mesma forma que nas receitas públicas de royalties por parte do Estado e dos Municípios e ainda de ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza por parte destes, além de taxas e de valor adicionado para fins de transferência de ICMS.
Porém nova perspectiva surgia com a compra pela Potiguar E & P S/A, subsidiária da Petroreconcavo, à Petrobras, do campo do Polo Riacho da Forquilha, com área de 588 quilômetros quadrados, compreendida entre os Municípios de Apodi, Felipe Guerra, Caraúbas, Governador Dix-Sept Rosado e Upanema. Além dos chamados poços maduros de produção, a empresa pretende perfurar novos poços, prevendo investimento de 150 milhões de dólares no curso dos próximos 5 anos.
Posteriormente foi a vez de Macau e Municípios vizinhos, cujos campos em terra e mar também foram adquiridos à Petrobras pela 3R Petrolium com a mesma estratégia de reativação e ampliação da atividade de produção de petróleo. Que, igualmente com o que está acontecendo no Riacho da Forquilha, implicaria na contratação de empresas fornecedoras e prestadoras de serviços, com potencial para a geração de emprego predominantemente para a população local. Ao tempo em que os Municípios se beneficiarão com a receitas públicas já referidas.
Eis que por ultimo se repetiu a reativação, no município de Areia Branca, onde a exploração em águas rasas passa a ser feita por empresa também adquirente de concessões antes pertencentes à Petrobras, com nova perspectiva de dinamização da economia daqueles Municípios. Os quais não deviam se limitar à posição de expectadores, sendo recomendável o acompanhamento próximo, inclusive oferecendo estímulo de atração para o seu território do maior numero de prestadoras de serviços, com emprego de mão de obra, consumo e arrecadação.
Pois eis que agora já se anuncia que o Estado voltou à liderança Nacional da produção de petróleo em terra. Claro que ainda contando com a atuação reduzida da Petrobras, mais sobretudo das operadoras independentes que adquiriram os campos maduros. Entre dezembro de 2019 e março de 2022, a produção cresceu 179,5%, com 20.424 barris/dia, o que representa também a perspectiva de melhoria de arrecadação do Estado e dos Municípios.
Alcimar de Almeida Silva, Advogado, Economista, Consultor Fiscal e Tributário