O rei Abdullah II da Jordânia abriu ontem (15) a 29ª edição da Cúpula da Liga Árabe, na Arábia Saudita, com um discurso no qual defendeu o direito da Palestina de ter um Estado, pediu uma solução política para o conflito na Síria e rejeitou as ingerências estrangeiras, em referência ao Irã.
Em seguida, o rei saudita, Salman bin Abdulaziz, fez um discurso crítico ao Irã, na abertura do encontro de chefes de Estado e de governo na cidade de Dhahran, no leste do seu país. O monarca acusou Teerã de ser uma “ameaça à segurança nacional árabe” por se meter nos assuntos internos da região e por suas “tentativas de desestabilização da segurança” e de propagar “a intolerância”.
Além disso, o rei saudita condenou as milícias houthis do Iêmen, apoiadas pelo Irã, pelo lançamento de mísseis contra a Arábia Saudita, e acusou os insurgentes de “dificultar as tentativas de conseguir soluções” para a guerra no país vizinho.
Salman também condenou a decisão do governo dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e reiterou o apoio saudita ao estabelecimento de um Estado palestino.
O monarca pediu que a Libia seja protegida da “intervenção estrangeira” e falou sobre o “desafio” que o terrorismo representa para os países árabes.
Por sua vez, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, culpou o governo sírio pelo que está ocorrendo no país e afirmou que Damasco tem “grande responsabilidade na derrubada da pátria e na perda da dignidade” dos cidadãos sírios.
Aboul Gheit disse que as intervenções estrangeiras “complicaram” a crise na Síria e que o desejo dos sírios de ter um país seguro ficou abalado com os bombardeios, sem esclarecer a quais ataques se referia.
Fonte: Agência EFE