Presidente Jair Bolsonaro, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira.  — Foto: Antonio Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Presidente Jair Bolsonaro, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira. — Foto: Antonio Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Após a notícia de que a Petrobras não ia segurar o reajuste dos combustíveis, ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro da Casa Civil, procuraram diretamente o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, para que a estatal recuasse da decisão e cobraram que ele renunciasse imediatamente do comando da estatal.

Nesta sexta (17), a Petrobras anunciou novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, a partir de 18 de junho. O diesel não era reajustado desde 10 de maio. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março – há mais de três meses.

A conversa, segundo o blog apurou, foi em tom ríspido.

Nas palavras de um ministro do governo, “o foco agora é tirar José Mauro mais rápido possível do comando da empresa”.

Com apoio do Planalto, Lira prometeu, em seguida ao telefonema, “medidas duras” no Congresso contra o reajuste: fala em mudar política de preços e dobrar a taxação de lucro da estatal.

O presidente Bolsonaro apoia a decisão.

Na conversa com José Mauro, Lira ainda disse ao presidente da Petrobras que, pelas informações que ele tinha, o presidente da estatal teria sido o principal empenhado na defesa do reajuste no conselho de administração — o que José Mauro negou.

Lira, então, resumiu a pressão: “você já foi demitido, está postergando sua saída: por quê? Interessa a quem? Saia, entregue”.

Fonte: Blog da Andréia Sadi

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