Muita gente tem dúvida quanto ao livre-arbítrio. E o assunto é debatido por muitos. Uns chegam a indagar: nós somos realmente livres para escolher? Para os que acreditam no destino, no determinismo – como querem alguns -, as pessoas já nascem com o seu futuro pré-determinado, e nada podem fazer para modificá-lo.
As pessoas que não entendem o livre-arbítrio, geralmente, separam-no da questão do destino. Pensam que o livre-arbítrio trata-se de uma liberdade total; confundem-no com o “tudo-posso”; e não é assim.
O livre-arbítrio é a capacidade que o ser humano tem de escolher: fazer ou não fazer algo que está ao seu alcance. E essa capacidade sofre influência do seu passado (do seu destino ou carma, como queiram).
A Bíblia nos ensina que a gente colhe o que planta; e esse plantar e colher se dá de uma forma contínua: nós hoje estamos colhendo o que plantamos ontem, e amanhã colheremos o que estamos plantando agora. É bem verdade que podemos modificar o nosso presente, com muito esforço, dedicação e obediência aos ensinamentos do nosso Mestre Jesus.
A nossa vida não começou com o nascimento no físico nem terminará com a morte física. Assim, nossas escolham sofrem influência do nosso passado; daí vem a necessidade de nos libertarmos das correntes que nos prendem às circunstâncias desagradáveis do passado e, ao mesmo tempo, vigiar para que nossas ações sejam dirigidas para o alvo perfeito, o Cristo, seguindo os Seus ensinamentos no nosso dia a dia.
Fazendo assim, nos libertamos de toda ilusão, de todo engano, e nos tornamos um com Ele – como é o Seu desejo. Só então seremos verdadeiramente livres para escolher, e, por conhecermos a verdade, escolheremos sempre de acordo com a vontade de Deus (pois embora pudéssemos escolher o mal, nesse estágio de consciência, o mal não tem mais poder sobre nós).
É nesse estágio que o livre-arbítrio não tem limites, e há liberdade para o “tudo posso n’Aquele que me fortalece”. Porém, quem chega a esse estado de consciência espiritual jamais lança mão de algo para sua satisfação pessoal, pois o egoísmo há muito já foi banido de sua mente.
Essa é a verdadeira missão do Cristo, que continua até nossos dias: despertar nossas consciências para o verdadeiro ser que somos, semelhança de Deus, em unidade com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
João Batista Soares de Lima – Membro da Arca da Aliança – Movimento Cristão