LULA VACILA E A ECONOMIA AMEAÇA –
Já analisamos no final de semana, que “Foi acesa a luz vermelha da economia brasileira”.
As notícias para a semana que se inicia não são boas.
Dois fatores conspiram contra a estabilidade econômica do país.
O presidencialismo de coalisão, usado pelo governo, não existe mais.
Esse modelo tem por objetivo conquistar o apoio de partidos necessários para que as propostas do governo sejam aprovadas no Congresso Nacional.
Antes, essa iniciativa era ancorada em um grande partido do centrão, como PMDB ou PFL, usando emendas e cargos para negociar apoio.
Hoje, o Centrão está totalmente desarticulado.
Não há o “grande partido do Centrão” e os demais já levam consigo rupturas internas, que dificultam a votação em bloco.
O Congresso Nacional, cada vez mais autônomo, golpeia Lula e o PT sempre que possível, derrubando vetos e imprimindo a sua própria agenda.
O PT parece incapaz de debater corte nos gastos, algo que o mercado aplaudiria.
Um verdadeiro tumor maligno atingiu o cerne do OGU (Orçamento Geral da União).
As emendas parlamentares somavam inicialmente R$ 17 bilhões e dispararam para R$ 53 bilhões, mas o Congresso não está satisfeito.
Onde isso vai parar?
A ideia inicial de Haddad do ajuste fiscal pela receita, já encontra obstáculo em estudo que demonstra a necessidade um aumento de carga tributária de aproximadamente 1,5%, ao longo do atual mandato presidencial.
O Brasil, sendo um país continental, deixa de incorporar algumas das profundas transformações da atualidade.
O mundo se abre na exploração da ciência e tecnologia, ao apoio às empresas, à educação e proteção à criança e ao adolescente, a um setor público eficaz e meritocrático, e a um sistema tributário justo.
O desenvolvimento econômico é construído a partir do empreendedorismo, a propriedade privada, a ciência e tecnologia, a poupança interna do mercado de capitais e do comércio internacional.
Preocupa é o que estamos deixando de fazer, neste mundo em profundas transformações.
O presidente Lula precisa evitar o envelhecimento precoce do seu governo, como ocorre com Emmanuel Macron na França e Mauricio Macri na Argentina, que sofreram com isso.
Joe Biden, que concorre à reeleição este ano contra Donald Trump, também se encontra em um governo que envelheceu rápido.
A sua popularidade caiu para menos de 50%.
Apesar de termos um dos maiores PIBs do mundo, quando utilizamos o PIB per capita concluímos que estamos piores que países como Argentina, México ou Turquia – e atrás de mais de 70 países.
Os últimos fatos políticos do país falam por si, dispensam comentários, no sentido da demonstração de instabilidade política e administrativa do governo federal. .
É um cenário onde entregar ministérios não resolve nada. As vezes piora
2026 vem aí.Tudo parece crer, que o discurso confiável será aquele que pregue uma reconstrução nacional, com base em regras e princípios estáveis.
O governador Ronaldo Caiado, de Goiás, mostra eficiência e competência, sobretudo na condução do nosso agronegócio.
É um nome hoje favorito!
Ney Lopes – jornalista, advogado e ex-deputado federal