Jaécio Carlos*
Natal tem tudo pra ser uma Paris, a cidade-luz. Pelo que pagamos em taxas de iluminação pública, dá pra ser assim. Imagine um prédio com 20 andares, sendo 4 apartamentos por andar. São 80 taxas para, vamos dizer, apenas 2 postes na rua com Lâmpadas amarelas, sendo que uma delas está apagada. Dirigir a partir das 18 horas, é um risco muito grande de acidentes. Além da insegurança bandidos e agentes do mal, ficam a espreita de motoristas descuidados que transitam de luz baixa e portas destravadas. No semáforo então, é um prato cheio para delitos.
Fala-se que teremos luzes de Led nos postes de iluminação pública, mas ninguém diz quando isso será possível. Elas são mais eficientes do que as ultrapassadas, amarelas. Além de serem mais econômicas e mais iluminadas. Parece até que nossos gestores públicos não andam pela cidade pra ver a feiúra da escuridão. A compensação é que todos os meses a Lua cheia se faz presente iluminando graciosamente nossas vidas, mas quando chove fica um terror dirigir em ruas esburacadas e em poças d´água, perigosas.
A prática é fazer “ouvidos de mercador” e deixar o tempo passar. Não é prioridade a iluminação pública? Um beco, rua, avenida, pracinhas, com iluminação adequada, evita roubos, furtos, reunião de maconheiros e outros viciados? Mas será, também, que esse desconforto faz parte das ações públicas? Parece que não. Parece que esse pessoal que administra nossa Natal, esconde-se em casa e não sai a noite. É na escuridão que os maus espíritos gostam de aparecer. Detestam luz. Exorcisá-los é um papel pra poucos.
Na trilogia das promessas políticas como educação, saúde e segurança, teremos que acrescentar mais uma: iluminação pública.
Como diz a música de Vinicius: “é impossível ser feliz sozinho” mas, nos permita mudar para “é impossível ser feliz na escuridão”. Só em alguns casos, pelo menos com luz tênue, nunca com luz opaca.
Deus, ao criar o universo, determinou: “haja luz”. Não vamos contrariá-lo
Jaécio Carlos* – Publicitário e palestrante