Eduardo Vilar
Quando o ônibus chega à parada, os passageiros formaram uma fila, todos procuram um melhor lugar para sentar, Alain escolhe um banco na parte de trás e foi seguido por Madame Cristhine, deixando René num ao lado. A conversa foi o ponto alto no trajeto de 3 km que separa a ilha do continente e tanto René como Alain procuravam demonstrar interesse por Madame Cristhine.
Ao chegarem a Île de Ré foram diretamente ao “Office de Tourisme” para pedir informações sobre a ilha. A atendente muito prestativa entregou-lhes mapas e um prospecto da ilha. Ao abrirem o prospecto descobriram que havia muitos lugares interessantes para conhecer. Assim, começaram pelo “Fort de la Prée” um monumento histórico construído em 1626 para garantir a soberania do rei Luís XIII; na época a ilha era um ponto estratégico para a coroa, face aos protestantes de La Rochelle. O forte teve um importante significado durante o cerco da ilha pelo Duque de Buckingham em 1627.
Saíram os três felizes em direção à visita ao forte, num determinado momento, Madame Cristhine retira de sua bolsa um manual de Inglês e aproximando de Alain disse: Good Morning, rindo com o canto da boca, Alain, por sua vez, respondeu bonjour madame Cristhine, e me desculpe, mas estou na França e gostaria de só falar em francês; ela pegou-o pelo braço apertando suavemente, que o fez ficar erubescido. O passeio a caminho do forte começava a ficar mais interessante para Alain e menos para René que não admitia que madame Cristhine não tivesse qualquer interesse por ele. Ao largo da caminhada havia um parque onde estavam vários Anes en Culotte utilizados em passeios turísticos.
Cristhine abraçou e beijou Alain e disse “Je veux monter un âne” e sai correndo em direção ao âne e ao chegar monta em um e sai passeando pelo parque toda feliz. Alain percebeu pelo seu olhar que havia um interesse além de uma amizade e tentou esconder esse acontecimento de René.
Eduardo Vilar – Prof. Doutor em Engenharia, Jornalista, Escritor, membro do IHGRN