O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu nesta segunda-feira (26) que o Brasil utilize a ajuda prometida pelo G7 para combater os incêndios na região Amazônica. Maia disse que o país vive dificuldades financeiras e que tem condições de receber e utilizar bem esses recursos.

Os líderes do G7 anunciaram mais cedo nesta segunda-feira que vão providenciar 20 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões) de ajuda emergencial para combater os incêndios na Amazônia, de acordo com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro questionou o interesse do presidente da França em auxiliar as ações de combate às queimadas na região amazônica.

“Não vejo problema do Brasil aceitar ajuda nessa e em outras áreas, contanto que fique claro que a região amazônica, como todo território nacional, a soberania é do Estado brasileiro”, declarou Maia, que participou de um seminário do Superior Tribunal de Justiça sobre a lei geral da proteção de dados.

Após o evento, em conversa com jornalistas, Maia disse que Emmanuel Macron tem razão em se preocupar com o desmatamento na Amazônia. Mas, segundo ele, o presidente francês cometeu excessos e, por isso, ficou isolado.

“Acho que o final de semana foi importante, o presidente da França ficou isolado. Ele tem razão na crítica ao desmatamento, todos nós temos a mesma preocupação que ele, mas daí a transformar isso em uma crise da União Europeia com o Brasil, com o Mercosul, de um tratado, de um acordo que vem sendo construído ao longo de 20 anos, eu acho que os próprios países do G7 deram um freio nesse excesso”, afirmou Maia sobre o acordo entre UE e Mercosul.

O presidente da Câmara disse não haver ações concretas do governo de Jair Bolsonaro no estímulo às queimadas na região, mas afirmou que a forma como que o presidente da República “fala pode gerar esse tipo de dúvida”.

Fonte: G1

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