Em entrevista à ABC News, Hasset não informou quais países procuraram o governo dos EUA pedindo diálogo. Mas afirmou que todos eles querem para tentar reduzir as novas tarifas que Washington anunciou na semana passada.
As novas taxas entraram em vigor no sábado.
Na entrevista, o conselheiro de Trump negou ainda que o “tarifaço” tenha sido uma forma indireta de o presidente norte-americano pressionar o Banco Central dos EUA a cortar as taxas de juros.
Questionado sobre por que Trump deixou a Rússia de fora das novas tarifas, Hassett alegou que o presidente norte-americano achou que isso poderia prejudicar as negociações que Washington trava com Moscou pelo fim da guerra na Ucrânia.
Também neste domingo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, falou sobre o tarifaço de Trump. Em entrevista à rede NBC News, Bessent minimizou a queda do mercado de ações e disse que não havia “nenhuma razão” para antecipar uma recessão com base nas tarifas.
As tarifas recíprocas detalhadas por Donald Trump contra países que possuem relações comerciais com os Estados Unidos entraram em vigor no sábado (5).
Ao todo, o “tarifaço” de Trump atinge mais de 180 países e regiões, incluindo a União Europeia (20%), China (34%), Coreia do Sul (25%) e Japão (24%). Veja aqui a lista completa.
Trump utiliza as taxas como uma tentativa de incentivar a indústria nacional, por meio do aumento da produção e do consumo de itens locais. A ideia é que, ao priorizar produtos fabricados nos EUA, o país gere mais emprego e fortaleça a economia — embora analistas enxerguem justamente o movimento contrário.
O líder norte-americano também vê a estratégia como uma forma de negociar pautas de interesse dos EUA, como o aumento da segurança nas fronteiras. Logo no início do governo, por exemplo, Trump anunciou taxas contra México e Canadá (posteriormente suspensas) para barganhar maior empenho dos países contra o tráfico de fentanil — opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.
A imposição de tarifas pelos EUA está alinhada com as promessas do presidente de taxar seus parceiros comerciais. Os principais alvos são países com os quais os EUA têm déficit na balança comercial — ou seja, gastam mais com importações do que recebem com exportações. Entre eles, estão o México, o Canadá e a China. Assim, Trump espera reverter esse quadro.
Outro possível efeito do tarifaço pode ser a elevação da arrecadação com os impostos de importação. O resultado, no entanto, vai depender de uma série de fatores, como a reação dos outros países, o volume de importação nos EUA e o comportamento do comércio no cenário global.
Especialistas destacam que a aplicação de tarifas tem potencial inflacionário, já que o custo mais alto de importação deverá encarecer a produção pelas empresas nos EUA. Consequentemente, os produtos e serviços tendem a subir para o consumidor final, pressionando o índice de preços do país.
Além disso, há dúvidas sobre a capacidade de produção das empresas norte-americanas para atender à demanda da população em meio a uma possível queda nas importações. Ou seja, pode haver falta de insumos no mercado, o que também tem potencial para elevar preços e pesar sobre a inflação.
A alta da inflação pressiona o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a manter a taxa básica de juros do país em níveis elevados. Os efeitos são muitos: a economia americana desacelera mais, o dólar pode ganhar força contra outras moedas — e assim puxar a inflação em outros países.
Além disso, taxas mais altas nos EUA demandam juros elevados em outras nações para segurar a cotação do dólar. É o caso do Brasil, que acaba sofrendo pressão no câmbio e encarecimento da tomada de crédito.
Há ainda o temor de uma recessão econômica nos EUA. Agentes do mercado avaliam que, com as tarifas, o encarecimento de produtos pode reduzir a produção e o lucro das empresas. Aliado à piora inflacionária, o receio é de que a maior economia do mundo esfrie. Esse termômetro foi sentido logo no dia seguinte ao “Dia da Libertação”, com tombo do dólar e de bolsas nos EUA, Europa e Ásia.
Fonte: G1
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