Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, se tornou nessa quarta-feira (12) a sexta pessoa a receber a cidadania honorária canadense, pedindo ao país que defenda a educação das meninas em todo o mundo.
A ativista paquistanesa foi recebida pelo primeiro-ministro Justin Trudeau. Aos 19 anos, Malala é a pessoa mais jovem a discursar para membros do Parlamento e senadores canadenses em uma sessão conjunta.
Ela também é a mais jovem a receber a cidadania honorária do Canadá – um privilégio concedido anteriormente a cinco personalidades, entre elas Nelson Mandela e o Dalai Lama.
“Querido Canadá, estou lhe pedindo para liderar mais uma vez”, disse Malala, com uma ovação de pé.
Ela exortou o Canadá a usar seu turno como presidente do grupo das sete nações industrializadas (G7) em 2018 para pressionar pela educação de meninas e refugiados.
Malala disse que Trudeau também deve pedir a outros líderes mundiais que façam mais pela educação.
Na cerimônia, ela agradeceu os anfitriões e expressou emoção em particular sobre o encontro com Trudeau, a quem elogiou por falar em nome dos direitos das mulheres, da igualdade de gênero e dos refugiados “em uma época em que o mundo está desesperançado”.
A ativista lutou durante anos pelo direito das meninas à educação em sua região de origem, estritamente muçulmana, no Paquistão.
Malala ganhou fama global depois de que um talibã atirou na cabeça dela em um ônibus escolar em outubro de 2012 por ela defender seu direito de frequentar a escola.
Após o ataque, ela foi submetida a uma operação bem sucedida e passou a viver na cidade britânica de Birmingham, onde continua defendendo os direitos das mulheres.
*Com informações da France Presse