Pelotas de óleo voltaram a aparecer em praias de Natal desde a última sexta-feira (16), segundo a prefeitura da capital potiguar. Até esta quinta-feira (22), a Defesa Civil recolheu 18 quilos do material na orla até a quinta-feira (22).
De acordo com a chefe de Operações da Defesa Civil de Natal, Fernanda Jucá, os primeiros fragmentos no litoral natalense surgiram em um trecho de quatro quilômetros entre o posto policial da Via Costeira até as imediações do antigo Hospital de Campanha instalado na mesma via.
“São pequenas pelotas espalhadas ao longo da linha de praia. Por enquanto a gente não encontrou fragmentos em Ponta Negra e na Redinha. Estamos avisando aos barraqueiros, comerciantes e banhistas que ao avistarem o material não entrem em contato direto, pois não sabemos ainda a origem do mesmo”, disse.
O município solicitou que as pessoas que encontrarem pelotas acionem a Defesa Civil, por meio do telefone 190.
O trabalho de monitoramento vai da praia de Ponta Negra à praia da Redinha. A prefeitura ainda informou que vai expandir o trabalho com o apoio da Marinha do Brasil. A ação também conta com apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Urbana.
O material recolhido da praia está sendo armazenado temporariamente até a destinação final pelo Idema.
O secretário Johan Xavier, do Gabinete Civil, disse que a prefeitura está alerta em relação ao surgimento do óleo no litoral natalense e dando todo o apoio à Defesa Civil. “O mais importante agora é o monitoramento diário do nosso litoral”, disse.
Óleo nas praias do RN
O óleo apareceu nas praias da capital um dia após manchas serem visualizadas no litoral Sul potiguar, no dia 15 de setembro. Foram detectados resíduos nas praias da Mina, em Tibau do Sul, Sagi, em Baía Formosa, e nas praias de Barreta e Búzios, em Nísia Floresta.
Manchas de óleo voltaram a sujar praias da região Nordeste desde agosto deste ano. No último sábado (10), no entanto, o 3º Distrito Naval da Marinha emitiu uma nota em que afirmou que a maior parte dos resíduos achados é de um “novo incidente” e não tem relação com as manchas que sujaram a costa da região em 2019.
Ainda de acordo com o comunicado, a suspeita levantada pelos investigadores é de que o material tenha sido lançado no mar após lavagens de tanques de um navio petroleiro.
As análises clínicas apontaram que os resíduos são de petróleo produzido no Golfo do México.
“A partir das análises de amostras de resíduos de óleo até agora efetuadas, há indicação de que houve um novo evento, cuja hipótese mais provável aponta para um incidente envolvendo petróleo cru, proveniente do descarte de água oleosa lançada ao mar, após a lavagem de tanques de navio petroleiro, em alto mar”, diz a nota.
No entanto, em algumas praias da Bahia, pesquisadores encontraram o mesmo óleo de 2019, que acreditam ter se desprendido de rochas.
Fonte: G1RN