Protestos em várias cidades dos Estados Unidos, Europa e outros continentes foram registrados ontem, primeiro dia após a chegada de Donald Trump à Casa Branca, com manifestantes defendendo a igualdade e a diversidade contra o que creem ser uma era de ameaça a esses valores por parte do novo governo. Centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Washington para defender a igualdade de direitos e o empoderamento feminino, uma ação replicada em ao menos outras 600 cidades do país e no exterior, segunda a organização da Marcha das Mulheres. Em Nova Iorque, outros milhares de manifestantes vestindo gorros cor de rosa foram as ruas para defender também os direitos de minorias e imigrantes. Em Washington, o sistema de metrô da cidade registrou 275 mil viagens até as 11h da manhã, horário local, oito vezes o volume normal para o dia. Em Boston, entre 60 mil e 70 mil pessoas.
Essas demonstrações no primeiro dia após a posse do republicano também reuniram milhares em Paris, incluindo trabalhadores e estudantes norte-americanos que vivem na França. Os manifestantes se reuniram perto da Torre Eiffel, cantaram e ergueram cartazes com os dizeres: “estamos de olho em você, Trump” e “Direitos das mulheres são direitos humanos”. Outra capitais europeias, incluindo Londres, Berlim, Roma e Praga, também registraram protestos, apesar do frio. Na Austrália, manifestantes se reuniram em um bairro popular de Sydney para protestar contra o novo presidente dos Estados Unidos. Segundo uma das organizadoras, Mindy Freiband, os problemas do ódio, racismo e intolerância não são apenas dos EUA. Em Rangum, capital do Myanmar, dezenas de pessoas participaram de um “piquenique solidário” organizado por expatriados norte-americanos.