Barracas destruídas em Maxaranguape — Foto: Reprodução
Barracas destruídas em Maxaranguape — Foto: Reprodução

O mar avançou neste fim de semana e destruiu barracas na orla de Barra de Maxaranguape, no município de Maxaranguape, distante cerca de 40 quilômetros de Natal. A maré aumentou de forma intensa na madrugada e na tarde do último sábado (29).

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Maxaranguape informou à Inter TV Cabugi que está ciente do problema e monitorando os prejuízos causados na orla do município. O número de barracas afetadas não foi informado.

A altura das ondas em Maxaranguape chegou a 2,3 metros por volta das 4h e das 16h, com correntezas muito fortes, de acordo com a tábua de marés da Marinha do Brasil.

O coeficiente de marés, segundo a Marinha, atingiu 114, número que é classificado como muito alto.

Segundo a Marinha, com esse coeficiente elevado, grandes marés e correntezas notórias são esperadas. As ondas altas devem continuar até segunda-feira (31).

Ninhos de tartarugas atingidos

O avanço do mar registrado nesse fim de semana em Maxaranguape também levou ninhos de tartarugas, além de bandeiras e estacas usadas para sinalizar esses ninhos.

O projeto Tartarugas ao Mar, que monitora a área, informou que pelo menos 30 ninhos foram levados pelo mar. Além disso, outros foram soterrados e, com o acréscimo de areia em cima do ninho, o desenvolvimento dos filhotes foi interrompido.

“É triste demais, um trabalho árduo que em um único dia é destruído. Desde 2018 não temos uma perda tão grande”, disse Isadora Barreto, coordenadora do projeto.

 

Atualmente, o Projeto Tartarugas ao Mar monitora mais de 180 ninhos de tartarugas marinhas distribuídos pelas praias dos municípios de Maxaranguape, Ceará-Mirim, Parnamirim e Nísia Floresta.

O trabalho realizado pelo projeto é voluntário e envolve um rigoroso monitoramento noturno e diurno nas praias, garantindo uma cobertura abrangente para a proteção das tartarugas marinhas.

“Nesse avanço da maré perdemos várias estacas e bandeiras usadas pra sinalizar os ninhos. Então além da perda ambiental, temos um prejuízo financeiro pro projeto que é mantido por meio de doações”, disse Isadora Barreto.

Fonte: G1RN

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