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Estudos apontam há décadas que o problema da erosão na costa potiguar é sério e só tende a piorar. Além de Ponta Negra – que recebe projeto de enrocamento para contenção e proteção do calçadão, afetado pela força das águas, nos últimos anos,  outras 16 praias do litoral têm situação crítica. Em visitas a algumas dessas praias e mostra o cenário de destruição e as tentativas frustradas de impedir o avanço das águas.

Especialistas afirmam que os processos erosivos afetam mais de 60% das praias potiguares e causam, além de tristeza e frustração, prejuízos econômicos aos moradores que assistem suas casas serem levadas pelas águas do mar. Em Ponta Negra, o mar avança, em média, até 1,8 metros por ano. Mas na Ponta do Tubarão, em Macau, esse avanço chega até 50 metros por ano.

Um estudo do Ministério do Meio Ambiente, datado de 2011, indica que registros atuais de erosão costeira estão presentes em muitos trechos do litoral potiguar, “com origem atribuída principalmente ao reduzido aporte fluvial de sedimentos, decorrentes das pequenas dimensões das bacias fluviais regionais, e a perda de sedimentos para o continente, com a formação dos campos dunares”.

O mesmo estudo, no qual o professor Venerando Amaro colaborou, indica que as causas e fatores da erosão costeira – avanço do mar – no RN estariam relacionadas desde à dinâmica da extensão costeira, à construção humana de estruturas muito próximas à praia, como o registrado em Ponta Negra, ou mesmo mudanças de placas tectônicas próximas da costa.

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