O maior nome dos quadrinhos do país, Mauricio de Sousa está hoje (22) em Natal na abertura da terceira Feira de Literatura e Quadrinhos, FLiQ. Maurício irá participar de um bate-papo sobre os “50 anos da Turma da Mônica”, mediado pela roteirista e curadora da feira, Milena Azevedo, às 19h15min no Auditório Canto das Sereias na praça cívica da CIENTEC. Hoje pela manhã, o desenhista recebeu os jornalistas da cidade em uma coletiva de imprensa, diversos assuntos foram abordados, dentre eles temas como as reformulações dos
Paulista, natural de Santa Isabel, Maurício de Sousa começou a desenhar aos dezessete anos, motivado por suas experiências pessoais, ele criou os primeiros personagens que viriam a fazer parte da Turma da Mônica, foram eles: O Franjinha, o Chico Bento, o Cebolinha e o Cascão em partir de experiências próprias. Posteriormente os personagens femininos foram se somando, vieram então a Mônica, a Magali a Tina, dentre outras. Cinquenta anos depois, Mauricio é detentor da maior editora de quadrinhos do país, com um núcleo de roteiristas, desenhistas e funcionários que expandiram o mundo da turminha.
O cartunista falou sobre a constante mudança e adequação das histórias pra atender as mudanças das gerações de leitores da Turma da Mônica, percebendo um número de crianças que deixavam de ler os gibizinhos aos 13, 14 anos para buscar novas leituras nos Mangás, Mauricio, juntamente com sua equipe de crianção reinventou-se no formato “Turma da Mônica Jovem”, que está há seis anos no mercado e migrando para outros países como “Turma da Mônica Teen”. Buscando novos rumos para os jovens adultos, o desenhista resolveu investir em um formato de graphic novel, com temáticas mais maduras e traços diferentes, escalou os melhores quadrinistas do país para trabalhar ao seu lado e já lançou três trabalhos: “O Astronauta – Magnetar”, “Turma da Mônica – Laços” e “Chico Bento – Terror Espaciar”.
Um dos assuntos tratados durante a coletiva foi a questão das biografias, um grupo de artistas encabeçado por: Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil criou um grupo chamado “Procure Saber” e propós uma PEC para verificar e acompanhar a publicação de biografias, acreditando que muito do que se escreve é invasão de privacidade e são a favor de biografias “chapa branca”, as editoras por sua vez não gostaram da ideia. Sobre o assunto, Mauricio foi categórico: “eu acho essa discussão uma grande besteira”. Com bom humor e simpatia, o desenhista se despediu dos jornalistas. Aos fãs de um dos maiores nomes do quadrinho mundial, será possível conversar no bate-papo às 19h15min na CIENTEC.