MEDIDAS DO PRÓXIMO GOVERNO FEDERAL DEVEM VIR CARREGADAS DE FEL –

Na reunião com governadores eleitos, o presidente eleito Jair Bolsonaro reafirmou que virão medidas “um tanto amargas” no Congresso. Governadores do Nordeste não compareceram à reunião, somente o governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), entregou uma carta ao presidente eleito Jair Bolsonaro em nome dos governadores nordestinos. O teor seria um pedido de cooperação com a União visando à redução de índices de homicídios na região.

O presidente eleito confirmou que sua equipe está terminando de preparar reformas para encaminhar ao Congresso. Reiterou que o momento é de união, independentemente de afinidades partidárias. Resta saber se a região Nordeste irá se descolar dos intensos debates políticos e das medidas que deverão ser implementadas que, nas palavras de Bolsonaro, precisarão ser executadas em “via de duas mãos”, para a sobrevivência de todos. O resultado prático dessas injunções políticas, para a região Nordeste, logo se verá com o tempo.

O Congresso terá a partir de janeiro uma nítida alteração no seu perfil de representação, em que pese a presença de algumas figuras carimbadas, mas que, agora, estes terão companhia de novos rostos, que durante a campanha expressaram o nível de exigência a ser buscado em nítidas transformações, notadamente, nas áreas econômicas, de relações internacionais e do direito penal.

O presidente reiterou que as reformas com presteza passam pela Câmara e pelo Senado, e completou: “Nós pedimos neste momento, aos senhores, realmente a perfeita noção do que tem que ser feito. Algumas medidas serão um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo”. Confirmou que a nova equipe de governo está ultimando as medidas necessárias

Jair Bolsonaro ainda confirmou que tem solicitado ao presidente do Senado e da Câmara a aprovação de medidas do interesse do novo governo, ainda para este ano. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), estava na reunião com os governadores.

Por fim, de relevo, que o governo do Rio Grande do Norte tem enfrentado, nestes anos, dissabores justamente no campo da criminalidade e das finanças, exatamente o enfoque previsto para as medidas que estão no escopo do novo governo federal.

 

 

Luiz SerraProfessor e escritor
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