Em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o Brasil deve reduzir o déficit nas contas públicas, em 2018, em relação ao que foi enviado e aprovado no Congresso como meta para o orçamento deste ano.

Em agosto do ano passado, o governo mandou para o Legislativo projeto para poder gastar mais neste ano devido às dificuldades fiscais. O novo texto ampliou em R$ 30 bilhões os gastos de 2018, podendo chegar a um rombo nas contas públicas de R$ 159 bilhões.

Agora, o ministro da fazenda acredita que será possível reduzir esse valor de R$ 20 bilhões a R$ 40 bilhões da meta fiscal. Na Suíça, Meirelles afirmou que espera um crescimento do PIB de 3% para 2018, o que aumentaria a arrecadação, dando espaço para reduzir o déficit fiscal planejado.

O ministro também comentou o novo estatuto da Caixa Econômica Federal, que restringe as indicações políticas para os cargos de direção e de vice-presidência da instituição. Meireles disse que a nova regra não demoniza a política, mas estabelece critérios técnicos. A declaração rebate manifestação do líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira, que criticou a mudança que, segundo ele, demoniza a política e dá mais poder para equipe econômica do governo.

Quatro vice-presidentes da Caixa foram afastados do cargo pelo presidente Michel Temer após recomendação do Ministério Público Federal e o banco central. Os afastados são investigados por irregularidades no cargo. Após o episódio, o conselho de administração aprovou novo estatuto baseado na nova lei das estatais.

 

Fonte: Agência Brasil

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