Vacina contra a gripe usada no SUS é produzida pelo Butantan — Foto: Renan Ciconelo/EPTV
Vacina contra a gripe usada no SUS é produzida pelo Butantan — Foto: Renan Ciconelo/EPTV

campanha de vacinação contra a gripe termina nessa terça-feira (31) e, ao que tudo indica, o Brasil não vai conseguir atingir a meta de imunizar pelo menos 90% do público-alvo – mais uma vez. Das 80 milhões de doses distribuídas pelo Ministério da Saúde, cerca de 35,8 milhões haviam sido aplicadas até o penúltimo dia da campanha, o que representa apenas 44,8% do total de vacinas disponíveis.

Mesmo com o fim da campanha, o governo federal orienta que estados e municípios sigam vacinando a população contra a influenza, caso tenham doses em estoque. Desde o dia 15 de maio, toda a população com mais de seis meses de idade pode se vacinar contra a gripe – o imunizante está disponível de graça no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Para a efetiva proteção da população, especialmente dos mais vulneráveis, é necessário que mais pessoas recebam o imunizante”, disse o Ministério da Saúde, em nota.

De acordo com os dados do painel do governo que monitora a campanha:

➡️ Até esta segunda-feira (30), a cobertura vacinal de gestantes, puérperas, idosos, trabalhadores da saúde, professores e crianças estava em 41,2%.

Entre as crianças, a cobertura vacinal era de 31,2%.

Já a cobertura vacinal de gestantes puérperas estava em 37,1% e 39,7%.

Entre os idosos, que representam o maior público entre os prioritários (mais de 31 milhões de pessoas), mais de 14,6 milhões de doses foram aplicadas, com cobertura de 46,7%.

➡️ Apenas a população privada de liberdade e povos indígenas vivendo em terras indígenas conseguiram vacinar mais da metade do seu público-alvo (53,7% e 61,8%, respectivamente).

Em 2022, a cobertura vacinal da campanha contra a gripe foi de 68,1%, também abaixo da meta. Foram aplicadas 62,9 milhões de doses, das 80 milhões disponíveis. Em 2021, nenhum grupo prioritário conseguiu atingir a meta de 90% de vacinação.

A campanha de vacinação contra a gripe começou em 10 de abril apenas para grupos mais vulneráveis e expostos ao vírus influenza, como idosos, gestantes e professores. O público-alvo estimado deste ano é de 81,7 milhões de pessoas.

Cerca de um mês depois, o Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população acima dos seis meses de idade.

Neste ano, a liberação para o público em geral aconteceu antes do encerramento da campanha, diferentemente de anos anteriores. A ampliação foi antecipada porque estados e municípios afirmaram que a procura pela vacina da gripe está baixa e, os estoques, cheios. Antes disso, apenas 21 milhões de doses haviam sido aplicadas em pessoas que fazem parte de grupos prioritários.

No Brasil, a vacina da gripe também está disponível na rede privada, como em clínicas e farmácias.

O que é a influenza?

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, que tem grande potencial de transmissão.

Existem quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias em ciclos anuais, enquanto o C costuma provocar alguns casos mais leves e o D não é conhecido por infectar ou causar doenças em humanos.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a vacinação anual contra a influenza permite, ao longo do ano, minimizar a carga do vírus e prevenir o surgimento de complicações, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.

Fonte: G1RN

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