Os economistas do mercado financeiro estimaram uma retração maior do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, de acordo com pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada e divulgada nesta segunda-feira (16). Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas. Segundo a autoridade monetária, o mercado passou a prever uma contração de 3,88% para o nível de atividade este ano, contra a estimativa anterior de um “encolhimento” de 3,86%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Se a expectativa dos analista se confirmar, a situação da economia brasileira terá piora neste ano frente à retração registrada em 2015, que foi de 3,8%, e o PIB terá o maior “tombo” desde 1990 – quando recuou 4,35% – ou seja, em 26 anos.

Com a previsão de um novo “encolhimento” do PIB neste ano, essa também será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras mantiveram a previsão de uma alta de 0,50%, informou o Banco Central.

Já a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano permaneceu estável em 7% na semana passada. Com isso, ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.

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