Os economistas do mercado financeiro revisaram a previsão de inflação abaixo de 4% em 2019, ao mesmo tempo em que estimam que não haverá aumento dos juros básicos da economia no decorrer deste ano. Os juros básicos da economia são fixados pelo Banco Central (BC).
As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (4) pelo BC. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para 2019, os analistas das instituições financeiras diminuíram a expectativa de inflação de 4% para 3,94%. Essa foi a terceira queda seguida do indicador e, também, foi a primeira vez que o mercado estimou que o IPCA ficará abaixo de 4% neste ano.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
O mercado baixou, na semana passada, sua estimativa para os juros básicos da economia no fim de 2019, de 7% para 6,5% ao ano (atual patamar da taxa Selic, que também é a mínima histórica).
Isso quer dizer que os economistas dos bancos deixaram de projetar aumento da taxa de juros, que serve de referência para todo mercado, no decorrer deste ano.
Para o fim de 2020, a previsão para os juros continuou em 8% ao ano. Com isso, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro permaneceu inalterada em 2,50% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia continuou também em 2,50%.
Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que seguiu em 2,50% para os dois anos.
Fonte: G1
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