Após o governo anunciar o aumento da alíquota de PIS e Cofins sobre os combustíveis, economistas do mercado financeiro elevaram a previsão para a inflação neste ano, informou nesta segunda-feira (24) o Banco Central no relatório conhecido como Focus.

De acordo com os analistas, ouvidos pelo BC na semana passada, a inflação agora deve ficar em 3,33%, na média. No relatório anterior, feito com base nas previsões coletadas pelo Banco Central na semana retrasada, os economistas estimavam que a inflação ficaria em 3,29%, na média.

A nova estimativa interrompe uma sequência de sete quedas seguidas no indicador. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas pelo BC.

Apesar da alta, a nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.

Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN.

Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.

Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação ficou estável em 4,20% na última semana. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.

*Com informações do G1

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