MEU… –
Quantas vezes nos pegamos dizendo: minha vida… meu emprego… meu marido… minha casa… meus filhos… meus segredos… meus sentimentos. Hoje, me peguei tentando entender o verdadeiro significado dessa palavra usada, habitualmente, por nós: meu. Um pronome possessivo que se refere à posse de algo, ou alguém, como se nos pertencesse verdadeiramente.
Tênue pensamento que nos faz enveredar por um mundo de fantasias, criando ilusões de que podemos ter tudo o que desejamos, e que podemos sair com avidez atrás de outras coisas e seres para serem nossos. E a cada bem conquistado, a ele nos referimos com um “meu…”.
Meu? O que realmente é meu? Reflito sobre o que esse vocábulo representa na minha vida, então percebo quão enorme pretensão a minha, em achar que algo ou alguém é meu. As coisas são efêmeras, vãs, escapolem por entre os dedos de nossas mãos e se esvaem ao léu.
Algumas nos deixam boas recordações, porém, outras devastam a nossa vida – eis-me recorrendo, outra vez, da possessividade. Cabe dizer aqui que, se algo ou alguém realmente me pertencesse, eu poderia ter a supremacia de permitir, ou negar, que esse algo ou alguém se integrassem absolutamente no “meu” viver.
Percebo claramente que nada nos pertence; que estamos fadados a sermos invadidos e invasores ao mesmo tempo e a todo instante. Ora, se nem o que sai das minhas entranhas eu posso afirmar que é meu – é praxe dizer que criamos os filhos para o mundo!
Nem os meus mais profundos segredos são meus. Por muito tempo pensei que eu fosse dona da minha vida, dos meus pensamentos, dos meus mistérios e silêncios. Ah, ledo engano!
Imagino, que me desprender de toda e qualquer pretensão de ter algo ou alguém, é a única maneira inteligente de sobreviver a todo esse caos. Nego-me a possuir o que quer que seja. Permito-me, tão somente, desfrutar daquilo que me for oferecido, naquele momento, usufruindo com toda abnegação e todo prazer que a alma ditar.
Quando entendermos que coisas e pessoas pertencem ao mundo, e que ele apenas nos empresta oportunidades para que possamos crescer e evoluir, então conseguiremos dar nossa contribuição para a evolução da humanidade.
Concluo esse raciocínio afirmando que, para ser feliz, é necessário simplesmente abnegação, desambição, desapego. Portanto, peremptoriamente, aborto da existência a mim determinada neste planeta, de todo e qualquer sentimento de posse. Esse é o “meu” pensamento.
Flávia Arruda – Pedagoga e escritora
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