Milhares de moradores de Kiev começaram a deixar a capital da Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24), após a Rússia iniciar a invasão a várias partes do país. A cidade começa a viver um caos.
O trânsito está congestionado na cidade, especialmente nos corredores de acesso às saídas da capital.
Há filas nos postos de combustíveis e vários deles já não têm mais gasolina para vender.
Muitos moradores também estão percorrendo os supermercados, atrás de mantimentos.
Há milhares de pessoas lotando estações de ônibus e trens do metrô, a maioria com muita bagagem nas mãos.
Fortes explosões foram ouvidas por jornalistas das agências internacionais de notícias no centro de Kiev e também em outras cidades ucranianas.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma “invasão em grande escala” contra seu país. “Cidades ucranianas pacíficas estão sob ataque”, tuitou Kuleba.
Pelo menos duas explosões foram ouvidas na capital, Kiev. Um pouco depois, as sirenes para alertar para bombardeios ressoaram no centro da capital.
Os moradores correram para as estações subterrâneas do trem em busca de abrigo.
O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo do país “por causa do alto risco de segurança”, interrompendo o tráfego civil logo após a meia-noite.
Lei marcial
O presidente Volodymyr Zenlensky pediu calma e adotou lei marcial – quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país.
Mais explosões
Na cidade portuária de Mariupol, a principal metrópole controlada por Kiev perto da linha de frente no leste do país, também foram ouvidas fortes explosões, assim como em Odessa, no Mar Negro, e em Kharkov, a segunda maior cidade do país, perto da fronteira com a Rússia.
Em Kramatorsk, cidade que serve de quartel-general para as forças ucranianas, foram ouvidas pelo menos quatro fortes explosões.
Metade dos moradores do vilarejo de Vbruvika, cidade localizada a 15 km de Luhansk, já estão deixando suas casas. O medo de um confronto armado na região motivou famílias inteiras a deixar a região.
Fonte: G1