“Eu vi esse avião vindo e olhei, como de costume, porque o barulho é intenso e eu tenho que parar, porque não consigo trabalhar no escritório por causa do barulho. Quando observei, vi um pouquinho de fogo, achei esquisito. Aí saí da administração para olhar”, contou.
Segundo ela, logo em seguida, já foi possível ver que o avião caía. “Ele já foi perdendo altitude, foi caindo, baixando, e o fogo foi aumentando. Deu tempo só do piloto ejetar e subiu aquela bola de fogo laranja enorme acompanhado de uma fumaça preta”, relatou.
“Ficou todo mundo em estado de choque. Não só eu, mas outros funcionários também que estavam comigo”.
Morador de Parnamirim, o gari Fernando Castro disse que costuma acompanhar as aeronaves decolando da Base Aérea que fica na cidade, mas que notou que havia algo diferente no caça que caiu nesta terça.
“No momento em que a aeronave subiu eu estava na frente da minha casa almoçando. Sempre a gente vê a aeronave subindo. Só que nessa aeronave agora, a gente notou uma coisa estranha, que ela ia fumaçando muito na parte de trás”, contou.
Ele disse que viu a aeronave soltar uma parte ao se distanciar da casa dele. “Não sei se foi a aeronave que se dividiu ou se foi o piloto que ejetou. Com poucos instantes depois, a gente escutou uma explosão e o fumaceiro”, contou.
A RN-313, conhecida como estrada de Cajupiranga, ficou totalmente interditada após a queda do avião. O Corpo de Bombeiros fechou a via para conter as chamas na vegetação.
Cruzex acontece em novembro
Entre 3 e 15 de novembro a Base Aérea de Natal recebe o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex) – exercício multinacional e operacional organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito e promove a troca de experiências entre os países participantes.
A edição de 2024 vai reunir 16 países, mais de 2.000 militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.
Esse é o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, liderado pela Força Aérea Brasileira, com a participação do Exército e da Marinha do Brasil. Estão previstas mais de 1.500 horas de voo, com vários tipos de missões, incluindo ataque ao solo, superioridade aérea, escolta e reabastecimento em voo.