Militares vistoriam área onde avião caiu na Grande Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Militares vistoriam área onde avião caiu na Grande Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Militares fizeram uma vistoria, na manhã desta quarta-feira (23), à área de mata onde o caça modelo F-5M da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu nesta terça-feira (22), na Grande Natal.

Apesar de serem filmados no local, eles não deram entrevistas e pediram para a equipe de reportagem se afastar da área.

Segundo a FAB, o acidente é investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

De acordo com a corporação, o objetivo é identificar os possíveis fatores que contribuíram para a queda e evitar que novas ocorrências semelhantes aconteçam.

A queda do caça da Força Aérea Brasileira nesta terça-feira (22) em Parnamirim, na Grande Natal, foi vista por alguns moradores e trabalhadores da região, que chegaram a registrar o avião com fogo e perdendo altitude.

O piloto direcionou o avião para cair em uma área de mata desabitada antes de ejetar e se salvar, segundo a FAB.

Atendido inicialmente no hospital da FAB, o piloto foi transferido para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, onde realizou uma tomografia e foi liberado ainda na tarde de terça – ele teve uma luxação no ombro.

A área de mata onde o avião caiu fica próxima da Base Aérea de Natal, além de residências, condomínios e comércios. Por isso, a queda do avião foi presenciada por algumas pessoas.

Administradora de um condomínio que fica próximo ao local onde ocorreu o acidente, Luana Lima contou que estava no escritório quando viu o avião passar. Ao perceber o que achava ser fogo na aeronave, ela decidiu sair para ver melhor o que acontecia.

“Eu vi esse avião vindo e olhei, como de costume, porque o barulho é intenso e eu tenho que parar, porque não consigo trabalhar no escritório por causa do barulho. Quando observei, vi um pouquinho de fogo, achei esquisito. Aí saí da administração para olhar”, contou.

Segundo ela, logo em seguida, já foi possível ver que o avião caía. “Ele já foi perdendo altitude, foi caindo, baixando, e o fogo foi aumentando. Deu tempo só do piloto ejetar e subiu aquela bola de fogo laranja enorme acompanhado de uma fumaça preta”, relatou.

“Ficou todo mundo em estado de choque. Não só eu, mas outros funcionários também que estavam comigo”.

 

Morador de Parnamirim, o gari Fernando Castro disse que costuma acompanhar as aeronaves decolando da Base Aérea que fica na cidade, mas que notou que havia algo diferente no caça que caiu nesta terça.

“No momento em que a aeronave subiu eu estava na frente da minha casa almoçando. Sempre a gente vê a aeronave subindo. Só que nessa aeronave agora, a gente notou uma coisa estranha, que ela ia fumaçando muito na parte de trás”, contou.

Ele disse que viu a aeronave soltar uma parte ao se distanciar da casa dele. “Não sei se foi a aeronave que se dividiu ou se foi o piloto que ejetou. Com poucos instantes depois, a gente escutou uma explosão e o fumaceiro”, contou.

A RN-313, conhecida como estrada de Cajupiranga, ficou totalmente interditada após a queda do avião. O Corpo de Bombeiros fechou a via para conter as chamas na vegetação.

Cruzex acontece em novembro

Entre 3 e 15 de novembro a Base Aérea de Natal recebe o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex) – exercício multinacional e operacional organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito e promove a troca de experiências entre os países participantes.

A edição de 2024 vai reunir 16 países, mais de 2.000 militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

Esse é o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, liderado pela Força Aérea Brasileira, com a participação do Exército e da Marinha do Brasil. Estão previstas mais de 1.500 horas de voo, com vários tipos de missões, incluindo ataque ao solo, superioridade aérea, escolta e reabastecimento em voo.

Fonte: G1RN

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *