MINHA BRIGA COM PAULO MACEDO –

O conheci no saudoso Jornal, Diário de Natal há décadas. Era sempre recebido em seu ‘escritório’, com presteza e respeito. As visitas eram nas sextas-feiras, oportunidades em que lá ia deixar minhas colaborações escritas para O Poty, aos domingos. Não faz muito tempo, almoçamos ao lado de dezenas de amigos no Iate clube, na Confraria do Ágape. Em 2001, quando lancei com sucesso o meu livro sobre os apelidados do RN, “Dicionário Papa Jerimum de Apelidos/RN, ele logo me convida para uma entrevista em seu famoso programa televisivo da TV Ponta Negra, “Sala Vip”. Paulinho insistiu muito, mas eu quebrei a regra do seu programa, cheguei lá de camisa social e suspensórios. Ele quase não aceita: ” Eu lhe disse que você viesse de terno e gravata, como os outros meus convidados”. Paulinho, eu nasci no Alecrim e fui criado na feira, não gosto de usar gravatas. Ele, acalmou-se e rindo disse-me: ” Você com essa história, já me convenceu”. E caindo na risada fui entrevistado com honras na sua sala VIP, que antes só havia recebido a nata social de Natal dos engravatados. Paulo Macedo e eu somos da velha escola da boa amizade. Estejam eles com gravatas ou balaios na cabeça nas feiras. Amigo é sempre amigo! Como dizia o gênio Vinícius de Moraes, quem não sabe fazer amigos, não sabe a arte de viver feliz! Vá em paz amigo!

 

 

Gutenberg Costa – Escritor, pesquisador e folclorista

 

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