MISTUREBA NOSSA –
Avisto Tibau
Vejo Pipa
Lembro de Guaraíras
Lagoa muito bonita
Penso no Porto Madeiro
Onde o sol brilha primeiro
Essa natureza me identifica
Aqui na praia de Camurupim
A maré está baixando
Devagar,sem muita pressa
Eu aqui apreciando
Essas dádivas da natureza
De inenarrável beleza
O tempo passa e eu gostando
Gostando,de frente para o Atlântico
Do outro lado, a África
Por quem já chorei tanto
Essa tristeza é latente
Dói na alma,no coração,pensamentos
Ao lembrar sofrimentos
De nossos antepassados
Das origens de nossa gente
O vento um pouco avexado
Traz cantigas e danças
O batuque do tambor
Marcando nossas festança
Música para meus ouvidos
Que capta também os gemidos
De um viver sem esperanças
Esperanças e tradição
No culto a divindades
Nossos Terreiros de Umbanda
Preto véio,santidades
Nossa rica culinária
Feijoada,abará,acarajé
Dádivas de felicidades
Somos filhos da África
Além de outros continentes
Carregamos no sangue
Heranças de toda essas vertentes
Festanças,culinária,comportamento
Uma raça mistureba
Que formou a alegria e beleza dagente
Agora de tardezinha
Fico Imaginando o passado…
Filosofando a vida
Os meu tataravós antenados
Falavam bem assim…
-Essa vida,essa vida
-É verdade é verdade!