Moradores de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, voltaram a sair de casa entre a noite de domingo (23) e a manhã desta segunda-feira (24), porque ruas dos bairros Sans Souci, Itaí e Sol Nascente inundaram. O número de famílias que precisaram sair de casa e que foram resgatadas já chega a 60, de acordo com a Defesa Civil.

Os níveis do lago Guaíba e do Rio Jacuí subiram nas últimas horas por conta da chuva que atingiu a região no final de semana e também do vento forte que sopra nas direções Sul e Sudeste, represando a água.

Conforme a Defesa Civil municipal, a população que reside nesses dois bairros, que são áreas de risco, devem buscar abrigo em um prédio público na cidade de Guaíba, que leva o nome de Solon Tavares, onde funciona a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Também é possível buscar acolhimento no Centro da cidade de Eldorado do Sul, mas a recomendação mais segura é para ir até Guaíba.

Equipes da Defesa Civil têm circulado pela cidade em carros para ajudar no resgate de pessoas que precisem de ajuda.

“A água vem e retorna. Não dá trégua para gente. Esse lugar aqui, Dom Feliciano e Antenor Pereira, é o que mais sofre. É por onde a água entra, mas a limpeza começou pelo Centro, fomos esquecidos. O que é que vai acontecer? [A água] vai acabar espalhando essa sujeira e levando para as rua limpas”, diz Marcelo Buenos, que trabalha como promotor de vendas.

 

Em maio deste ano, mais de 90% do município foi inundado pelas águas que vieram do Rio Jacuí e desceram para o Lago Guaíba. Mais de 40 mil habitantes tiveram que deixar suas casas. O estado foi atingido por fortes cheias após um período intenso de chuvas, entre o fim de abril e início de maio.

Em caso de emergência, o poder público orienta a população a entrar em contato pelos telefones 190193 ou 199.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul registrou 177 óbitos em razão da catástrofe ambiental que assola o estado desde o final de abril. Há 37 pessoas desaparecidas. Mais de 800 pessoas ficaram feridas durante as enchentes e há mais de 10 mil fora de casa.

Fonte: G1

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