O ator americano Morgan Freeman, de 79 anos, que recebeu nessa segunda-feira (6), em Los Angeles (EUA), um prêmio honorário pela sua carreira, destacou as virtudes da terceira idade, que não duvidou em classificar como “a melhor fase” de sua vida.
“Meu primeiro papel de relevância no cinema eu consegui aos 50 anos e aprendi a pilotar aviões com 65 anos, portanto é uma honra estar aqui hoje com todos vocês”, disse o artista, no final da 16ª edição dos prêmios Filmes para Adultos, da revista “AARP” (American Association for Real Possibilities), uma festa realizada no hotel Beverly Wilshire.
“Sou um idoso, mas não me vejo como tal. Todas as manhãs quando me levanto, pulo na frente do espelho como quando era uma criança. No final, esse é meu trabalho. Provar. Criar. Comecei no cinema com 50 anos, e o que veio depois foi a melhor etapa da minha vida”, acrescentou.
Freeman recebeu o prêmio das mãos da britânica Helen Mirren, com quem atuou no filme “Red: Aposentados e perigosos”. “Quero que o mundo saiba que estou apaixonado por Helen, e sigo sendo há anos”, comentou, entre risos. “Seu marido [o diretor Taylor Hackford] o sabe e sigo vivo”, acrescentou o ganhador do Oscar por “Menina de ouro” (2004).
A organização preparou uma montagem com imagens de alguns dos principais filmes do ator, que se emocionou quando apareceram cenas de obras como “Tempo de glória” (1989), “Seven: Os sete crimes capitais” (1995) e “Invictus” (2009).
O ator também falou da situação atual dos Estados Unidos, mas sem mencionar diretamente o presidente, Donald Trump. “Como ator sinto que tenho a responsabilidade de deixar um mundo melhor quando já não esteja. E atualmente vivemos tempos duros e de enorme incerteza, mas estou convencido que superaremos tudo isso”, disse.
A cerimônia, dirigida pela atriz Margo Martindale, viu o triunfo de “Loving” como melhor filme, enquanto Denzel Washington levou o prêmio de melhor ator (“Um limite entre nós”) e Annette Bening o de melhor atriz (“Mulheres do século 20”).