O presidente do BNDES, Carlos Lessa, durante o seminário Implantação de Medidas da Política Industrial para o Setor de Bens de Capital, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na sede da entidade no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo. Foto de julho de 2004 — Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo/Arquivo
O presidente do BNDES, Carlos Lessa, durante o seminário Implantação de Medidas da Política Industrial para o Setor de Bens de Capital, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na sede da entidade no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo. Foto de julho de 2004 — Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo/Arquivo

Morreu na manhã desta sexta-feira (5) o economista Carlos Lessa. Ele estava internado no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio. A causa da morte não foi informada. Lessa, de 83 anos, foi reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e presidente do BNDES. A informação foi confirmada pela UFRJ e pelo filho Rodrigo Lessa, que publicou sobre o falecimento do pai em uma rede social. Ele deixa três filhos e netos.

“Meu amado pai foi hoje as 5 horas da manhã descansar. A tristeza é enorme. Seu último ano de vida foi de muito sofrimento e provação. O legado que ele deixou não foi pequeno. Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil, coerência e honestidade intelectual, espirito público, um professor como poucos e uma alma generosa que sempre ajudou a todos que podia quando estava a seu alcance, um grande amigo . Que descanse em paz”, afirmou Rodrigo Lessa em uma rede social.

A família informou que fará uma cerimônia virtual em função da pandemia.

Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa tinha 83 anos e foi professor da UFRJ, onde se formou economista em 1959, e foi eleito reitor em 2002. Fã da cultura e do Rio de Janeiro, a atuação dele não se restringiu ao campo acadêmico. Ele fundou o bloco Minerva Assanhada, formado por alunos e estudantes da instituição. A deusa da sabedoria é o símbolo da instituição.

A UFRJ divulgou uma nota em seu site afirmando que Carlos Lessa sempre trabalhou pela universidade, com respeito às decisões dos colegiados e às instâncias administrativas. Na posse como reitor, Lessa entregou ao então ministro Paulo Renato de Souza um plano emergencial propondo ações imediatas para revitalizar a instituição. A universidade decretou luto oficial de três dias.

“A Reitoria da UFRJ lamenta profundamente a perda de Lessa e presta condolências à família e aos amigos. O Brasil perde um grande Brasileiro, com B maiúsculo”, afirma a nota da UFRJ.

De janeiro de 2003 a novembro de 2004, Lessa foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele também foi professor do Instituto Rio Branco, ministrou cursos na Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) e no Instituto Latino-americano de Pesquisas (Ilpes), da ONU, na Universidade do Chile e na Unicamp.

Lessa também foi consultor da Fundação para o desenvolvimento da Administração Pública (Fundap).

Fonte: G1

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