O especialista explicou ao portal g1 que a barreira que passa a ficar à mostra é suscetível à chuva e à ação do vento, o que pode causar fissuras queda de blocos, como ocorreu em outras falésias do estado. Em 2020, uma família morreu ao ser atingida por um bloco que se desprendeu de uma falésia em Pipa.
“Ali embaixo, a rocha barreira não é consolidada como um granito, um basalto. É uma rocha sedimentar que é mais suscetível à chuva, ao vento. Ela se quebra com mais facilidade”, ressaltou
Ele afirmou que a Guarda Municipal tem realizado um trabalho permanente de orientação na área, também auxiliada por banhistas locais e comerciantes, que avisam turistas acerca do perigo.
Petronilo ainda argumentou que as cercas que foram instaladas na área diversas vezes pelo poder público estadual não são viáveis por serem arrancadas frequentemente pela força da maré.
Para ele, a única solução possível para barrar o avanço rápido da erosão sobre o Morro do Careca é a engorda da praia de Ponta Negra – projeto já anunciado pelo município – que impediria a erosão no sopé do morro.
A prefeitura de Natal informou que aguarda emissão da licença ambiental do Idema – Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – para iniciar a obra.
O objetivo, segundo o município, é o alargamento na faixa de areia, para até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca, no trecho entre o Morro do Careca e o Hotel SEHRS, na Via Costeira.