Passageira aguarda vagão no metrô de Londres, em 12 de maio de 2020 — Foto: Hannah McKay/Reuters
Passageira aguarda vagão no metrô de Londres, em 12 de maio de 2020 — Foto: Hannah McKay/Reuters

O número de mortes pela Covid-19 no Reino Unido chegou a mais de 40 mil no início de maio, de longe o pior já relatado na Europa, o que provoca dúvidas a respeito da maneira como o primeiro-ministro, Boris Johnson, está administrando a crise do coronavírus.

Embora métodos de contagem diferentes tornem a comparação com outros países difícil, a cifra confirma que o Reino Unido está entre os mais atingidos por uma pandemia que já matou mais de 285 mil pessoas em todo o mundo.

Um número de mortes tão alto aumenta a pressão sobre o premiê. Partidos de oposição dizem que ele demorou demais para impor o isolamento, para adotar exames em grande escala e para obter equipamentos de proteção suficientes para os hospitais.

Os dados também pintaram um quadro sombrio das casas de repouso, especialmente afetadas pelo vírus.

“As casas de repouso (estão) mostrando o declínio mais lento, infelizmente”, disse Nick Stripe, um estatístico do ONS, à BBC TV.

“Pela primeira vez de que me recordo, no total houve mais mortes em casas de repouso do que em hospitais naquela semana.”

Os números mostraram que agora estes estabelecimentos representam um terço de todas as mortes de Covid-19 na Inglaterra e no País de Gales.

Publicada na semana passada, uma reportagem especial da Reuters mostrou que as casas de repouso foram as mais vitimadas pela diretriz concebida para blindar os hospitais da Covid-19, que deixou muitos dos mais frágeis expostos.

Ao contrário do total diário de mortes anunciado pelo governo, as cifras desta terça-feira incluem mortes possíveis de Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Fonte: G1

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