Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

A FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA) emitiu hoje uma aprovação preliminar para que mosquitos transgênicos sejam liberados na Flórida em um teste de combate contra o Aedes aegypti.

O texto da decisão fica disponível ao público por 30 dias, durante os quais autoridades deverão receber comentários. Se a agência não mudar de ideia, o primeiro teste da tecnologia contra o inseto transmissor da dengue e da zika pode ser autorizado.

A empresa que solicita a autorização é a britânica Oxitec, que pretende fazer um teste na região de Key Haven, na Flórida, onde o clima quente e úmido permitiu a disseminação do Aedes aegypti. A mesma empresa já realizou quatro testes com o animal geneticamente modificado no Brasil.

A estratégia adotada pela Oxitec é produzir em laboratório centenas de milhares de mosquitos machos — que não picam — que depois são soltos para fecundar as fêmeas selvagens em áreas infestadas. Como o mosquito é estéril, os ovos produzidos pelas fêmeas resultam em indivíduos inviáveis, que não chegam à idade adulta, reduzindo a população local do inseto.

A decisão da FDA ocorreu após cinco anos de discussões com moradores da região de Key Haven destinada a abrigar o teste. Uma parcela dos moradores, contrária à liberação dos mosquitos transgênicos, chegou a articular um abaixo-assinado contra o projeto.

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