/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/l/L/wAFB7wSk6ssRX8fhHwAQ/protesto.jpg)
Motoentregadores fizeram um protesto no fim da tarde dessa segunda-feira (17) em Natal por conta da agressão de um cliente a um motociclista, que trabalhava para um transporte por aplicativo, no sábado (15). O caso passou a ser investigado pela polícia.
O protesto começou em frente ao Shopping Midway Mall, na Avenida Salgado Filho, no bairro Tirol, na Zona Leste de Natal. Um das faixas da avenida, no sentido da Zona Leste para Zona Sul, ficou bloqueada, o que complicou o trânsito na região.
Em seguida, os motoentregadores se deslocaram para o sentido inverso da pista, e ficaram em frente ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), na faixa de ônibus.
Os manifestantes deixaram o local por volta das 18h40. Agentes de trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) acompanhavam o protesto e organizavam o trânsito.
Os motociclistas fizeram a manifestação por conta do motoentregador agredido durante um serviço no sábado. O caso ocorreu na Avenida Lima e Silva, no bairro Lagoa Nova, segundo a Associação de Trabalhadores de Aplicativos por Moto e Bike Natal e Região Metropolitana RN (Atamb).
Os motoentregadores já haviam feito um protesto, no sábado, em frente ao prédio onde a agressão aconteceu.
Um vídeo gravado por uma testemunha mostrou o momento em que um homem imobilizou o motoentregador com golpes de jiu-jitsu, na calçada do prédio onde mora.
No dia do ocorrido, motociclistas amigos de profissão acompanharam o entregador até a Delegacia de Plantão da Zona Sul para registro da ocorrência.
Segundo a Polícia Civil, o agressor e a vítima assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e o caso será investigado pela 5ª Delegacia de Polícia.
O que aconteceu
O motoentregador pegaria um produto com o cliente para entregá-lo em um outro ponto, segundo o previsto no pedido no aplicativo.
Em nota, o motoentregador disse que seguiu o procedimento padrão da plataforma, tirando uma foto do produto para registrar a retirada. “No entanto, ao perceber que o pacote era muito pesado e que não conseguiria transportá-lo com segurança, informou ao cliente que precisaria cancelar a corrida”, citou a nota.
A nota informou ainda que, após isso, o cliente pegou o pacote e entrou na portaria do prédio. Como o cancelamento da corrida dependia de um código gerado no aplicativo do cliente, o motoentregador pediu ao porteiro que chamasse o homem novamente. “O cliente retornou ainda mais alterado, xingando, mostrando o dedo do meio e partindo para a agressão física”.
Segundo a nota, o motoentregador saiu machucado, com o celular trincado e a bolsa de trabalho rasgada. O g1 não conseguiu contato com o cliente.
O presidente da Atamb, Alexandre da Silva, explicou que o motoentregador trabalha com aplicativo de transporte de pessoas e aceitou uma corrida para buscar e entregar uma encomenda. Porém, ao chegar ao local informado, o homem teria identificado que a mercadoria era pesada e não caberia na bolsa de trabalho.
“Ele falou que não ia conseguir fazer a entrega, devido à mercadoria ser pesada, e falou para o rapaz cancelar a corrida. Foi onde começou o estresse. Ele falou que não ia cancelar, porque não perderia o deslocamento até lá e o rapaz disse que não ia fazer o cancelamento também. Essa situação, de cada um não querer cancelar, gerou a situação de o rapaz se agarrar com ele”, disse o presidente da associação.
Após a agressão, dezenas de motociclistas foram para a frente do prédio e fizeram um protesto. Parte dos envolvidos na manifestação derrubou o portão do condomínio.
Neste domingo (16), a academia Kimura publicou uma nota informando que o aluno de jiu-jitsu foi afastado das atividades da instituição e que não compactua “com qualquer ato de agressão”.
Fonte: G1