Os motoristas alegam que desde novembro os crimes durante as viagens aumentaram muito. Eles cobraram aos comando da PM um aumento no número de blitzen pela cidade e de abordagens aos carros que funcionam em corridas por aplicativo.
De acordo com o comandante-geral da PM, Coronel Alarico Azevedo, a reunião serviu também para mapear também os crimes ocorridos, com o objetivo de focar melhor a atuação da PM.
“Eles nos informaram o que está acontecendo e os locais onde estão acontecendo para que gente possa montar uma estratégia específica para aqueles locais onde ocorrem as ocorrências”, falou.
Os motoristas alegam que os principais horários são no começo do dia e no fim da noite.
A vítima que foi refém dos criminosos conta que não deseja isso a ninguém. Ele trabalha como motorista por aplicativo há mais de três anos.
“Eu não desejo para ninguém ter dois meliantes lhe ameaçando pelas costas. Eu ainda estou meio abalado”, disse Itamar Monteiro, de 53 anos.
Outra vítima foi Mariel Tavares, que trabalha há cinco anos nessa função e nunca havia sido assaltada. Ela sofreu o crime no bairro Nazaré, por volta das 5h30 de terça-feira.
“Eles fecharam o meu carro. Eu só abri a porta e saí. A passageira teve a reação de segurar a bolsa, ele atiraram contra a cabeça dela, mas a arma, graças a Deus, falhou”, contou.
Cláudio Silva também foi feito refém e os criminosos ficaram com a arma na cintura dele. O crime aconteceu por volta das 23h30 também de terça. Ele disse que não vai mais trabalhar no ramo.
“Sinceramente, não. Eu acho que isso já é um livramento. Já conseguimos passar por essa, mas não sei uma segunda vez. Então vou tentar arranjar outra coisa para fazer”, disse.