Coordenadores das forças-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) se reuniram ontem em Porto Alegre para apresentar um balanço dos quatro anos de investigações e traçar estratégias para continuidade dos trabalhos. A principal preocupação demonstrada pelos procuradores foi em garantir a continuidade da prisão após condenação em segunda instância, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016.

O coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba, Deltan Dallagnol, afirmou que a medida faz com que a “resposta à sociedade” pelos crimes de colarinho branco seja dada em tempo adequado .“A revogação da prisão em segunda instância seria enterrar o combate à corrupção e à impunidade no país”, afirmou. A possibilidade de revisão do mecanismo é tida como uma ameaça ao andamento da Lava Jato.

Outro ponto defendido pelos procuradores foram os acordos de leniência e de colaboração premiada fechados com empresas e pessoas envolvidas em corrupção. Dallagnol classificou a colaboração premiada como um “instrumento crucial” em casos de corrupção, que não era tradicionalmente aplicado antes da Lava Jato pela perspectiva de impunidade dos investigados.

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