O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda-feira (14/12) o empresário e pecuarista, José Carlos Bumlai, suposto amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e outros 10 investigados na Operação Passe Livre por corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta (Lei do Colarinho Branco).
Os investigados são suspeitos de participar de um esquema de propinas na contratação da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda Vitoria 10000, envolvendo um empréstimo de R$ 12 milhões para o amigo de Lula – parte desta quantia teria sido destinada ao PT.
A Procuradoria da República afirma que existem ‘indícios’ de que Bumlai teria usado ‘indevidamente’ o nome do ex-presidente ‘para conseguir vantagens’. “Ouvido, o investigado (Bumlai) negou possuir intimidade com o ex-presidente para tratar de negócios. Entretanto, nas buscas realizadas foram encontrados documentos que demonstraram a presença de Bumlai acompanhando o ex-presidente em eventos oficiais em Angola”, destacam os 11 procuradores que assinam a denúncia.
A acusação atinge ainda a cúpula do grupo Schahin – Milton Schahin, Salim Schahin e Fernando Schahin (filho de Milton) -, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, os ex-diretores da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, o ex-gerente executivo da estatal Eduardo Musa, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, além de um filho (Mauricio Bumlai) e uma nora do pecuarista (Cristiane Bumlai).